Jeff Norris, responsável pela Inovação nas Operações da NASA, explica que já há salas inteiras em que os visitantes e os investigadores se encontram completamente imersos em ambiente marciano. No entanto, essas salas são dispendiosas e os interessados têm de se deslocar propositadamente aos locais. «O meu sonho é que no dia em que pusermos pés humanos em Marte, haja milhões de pessoas a acompanhar o acontecimento. Não só estarem a ver na televisão, mas estarem a acompanhar o astronauta e estarem mesmo ao lado dele», cita o ArsTechnica.
A NASA está a olhar com muita atenção para a tecnologia desenvolvida para os videojogos para a adaptar à sua realidade. Um dos projetos, por exemplo, inclui um protótipo HD do Oculus Rift e que usa um serviço de posicionamento. Os utilizadores podem andar e olhar à volta e ver o ambiente que os esperaria em Marte.
Os responsáveis da Oculus explicam que «a telepresença baseada em realidade virtual pode permitir aos humanos realizar tarefas em ambientes hostis, sem terem de lá ir», afirma Palmer Luckey.
Este projeto do JPL recria uma zona de aproximadamente 50 metros quadrados construída com base nas fotografias enviadas pela Curiosity. A inclusão de um sistema de sensores Vicon permite ao utilizador vaguear pela recriação do planeta vermelho. A tecnologia e a imersão que o sistema proporciona permitem, nesta fase, que os responsáveis da NASA consigam perceber melhor o terreno marciano e as suas características para poderem conduzir melhor a Curiosity e planear outras intervenções.
Num futuro próximo, os investigadores pretendem acrescentar imagens com diferentes profundidades de campo, mais detalhes e ainda áudio a estas simulações.
Veja o vídeo para perceber aquele que poderá ser o primeiro passo no projeto que nos vai permitir acompanhar a chegada do Homem a Marte.
