
Goran Putnik estima que no futuro se assista ao “cloud manufacturing”. O investigador sérvio, que está a trabalhar na Universidade do Minho afirma que qualquer pessoa com perfil nas redes sociais deve poder fazer um login nas fábricas e escolher o dispositivo que pretende produzir, definindo os cortes com lasers e vários parâmetros nas impressoras 3D disponíveis.
Os empregos de escritório já podem ser assegurados remotamente, por exemplo, a partir de casa. Agora, deve ser possível aplicar o fenómeno também às fábricas devido à Internet cada vez mais rápida, melhor qualidade de vídeo e várias interfaces de controlo de telepresença, explica a NewScientist.
No Reino Unido, já há um projeto a ser conduzido pela Ford e pela Autodesk para se testar transmissão de dados recolhidos por um sensor presente na máquina para a interface de realidade aumentada.
A equipa de Putnik criou uma célula de trabalho que simula uma fábrica no seu laboratório. Depois, 68 estudantes de engenharia na Sérvia, a 2350 quilómetros, fizeram login no sistema e controlaram a máquina com sucesso. Foi feito o upload de um esquema de produção, manuseada a máquina e cortados vários itens em espuma, conforme as necessidades. Até foi possível suspender o funcionamento da máquina, numa emergência simulada.
No futuro, será possível os utilizadores juntarem-se em comunidades especializadas nas redes sociais e que vão criar os melhores métodos de produção remotamente.