O sistema de alta velocidade de Elon Musk envolve cápsulas de metal que flutuam sobre ar comprimido e viajam quase à velocidade do som dentro de um tubo. De uma forma resumida, é isto o Hyperloop.
Depois de meses de especulação, Elon Musk revelou ontem à noite a sua proposta para um sistema de transportes de alta velocidade do futuro. Ao contrário do que se supunha, não envolve nem tubos de vácuo nem levitação magnética.
A proposta de Musk prevê um conjunto de cápsulas de alumínio equipadas com “skis”, com capacidade para 28 passageiros. Estas cápsulas viagem dentro de um tubo onde a pressão do ar é muito mais baixa que a normal. Na frente, existe um compressor de ar que extrai o pouco ar que se acumular à frente dos veículos. Além de diminuir a turbulência, a função do compressor é criar uma almofada de ar na parte de baixo da cápsula de transporte e colocar o veículo a fluturar. A aceleração fica a cargo de motores de indução linear, espaçados ao longo do percurso, que vão acelerando as cápsulas até à velocidade máxima de 1200 km/hora.
A energia é fornecida por painéis solares colocados no topo dos tubos, mas Musk diz que o sistema exige muito menos energia do que aquela que os painéis serão capazes de fornecer.
A Internet tem recebido de forma mais ou menos entusiasmada o pojeto de Musk. O consenso parece ser o de que nada do que foi apresentado é propriamente novidade, já que todas as tecnologias são atualmente usadas em diversas situações. Por outro lado, há algumas dúvidas sobre aspetos práticos como resistência a terramotos ou o que acontecerá caso haja uma interrupção do fornecimento de energia.
O projeto foi colocado no site da SpaceX para quem quiser consultar. Ao todo são 57 páginas onde são explicados todos os detalhes do projeto. O multimilinário diz que, para já, não pretende construir o Hyperloop por estar demasiado ocupado com as suas outras empresas, como a Tesla e a SpaceX. Mas não descarta totalmente essa hipótese, caso não haja interessados em contruir este sistema de transporte.