Investigadores da Universidade de Surrey, Reino Unido, lançaram para o Espaço um satélite de 4,3 quilos, com 30 centímetros de comprimento e 10 centímetros de largura, a partir de uma base indiana. O lançamento, que teve lugar no dia 25 de fevereiro, promete dar início a um novo capítulo na exploração do Espaço, sanando uma dúvida que ainda paira no imaginário de cientistas e escritores de guiões de cinema: afinal, é possível ou não ouvir um grito emitido no Espaço?
No interior do satélite Strand-1 estará um dispositivo que permitirá tirar as dúvidas: um telemóvel Nexus One, com um arquivo de vários gritos de voluntários que participaram no desenvolvimento da app Scream in Space, que foi criada por peritos da Universidade de Cambridge. O roteiro de ensaios prevê ativar a app Scream in Space e respetivo arquivo de gritos em pleno Espaço. E caso o microfone do telemóvel não consiga captar os gritos emitidos pelo telemóvel, a hipótese de que os sons não se ouvem no espaço ganhará então mais força.
A missão do Nexus One não se limitará ao “teste do grito”: depois de uma primeira fase em que a missão será gerida por um computador de bordo, o telemóvel da Google deverá assumir o controlo do satélite Strand-1, recorrendo para isso a várias apps, informa a BBC.
Está previsto que o telemóvel tire fotos durante a missão e faça a consequente divulgação no Facebook. Durante esta missão espacial de seis meses, os investigadores britânicos pretendem analisar a resistência dos componentes de eletrónica comum face às condições existentes no Espaço.
Apesar de o Nexus One ser apresentado como um dos protagonistas, a viagem espacial executada pelo satélite Strand-1 terá ainda em vista o teste de um sistema de injeção de uma mescla de água e álcool e ainda uma tecnologia de propulsão que recorre a plasmas, para provocar uma mudança de direção na trajetória de um satélite.