Foram precisos mais mil computadores a trabalhar em rede para Curtis Cooper, um professor da Universidade do Missouri Central, descobrir o maior número primo do mundo.
O projeto de investigação foi evoluindo ao longo dos últimos anos a uma média de 60 a 70 números testados diariamente, informa a Computerworld. No dia 25 de janeiro, Curtis Cooper lá deparou, pela terceira vez na vida, com um número primo que mais ninguém conhecia – e com o atrativo de ser o maior do mundo. Nada mais nada menos que 17 milhões de dígitos alinhados numa fila de 20 quilómetros, caso fosse escrito com letra Times New Roman de tamanho 12.
Porque seriam necessárias seis bíblias para publicar tal número, a Curtis Cooper mais não restou que escrevê-lo da seguinte forma: 2 elevado a 57.885.161 menos 1.
Foram precisos 39 dias e a execução de 57 milhões cálculos para descobrir o novo número impronunciável.
Com esta descoberta, Curtis ganha um prémio de 3000 dólares e alarga para 48 o total de números primos Mercenne – conjunto de números considerados raros que deve o nome a um matemático e monge francês.
O investigador comparou a missão a uma escalada do Everest. Uma comparação que tanto justificar-se pela dificuldade exigida como também pelos contornos de inutilidade dos dois tipos de missão.