
As duas carrinhas guiadas por robôs partiram, na passada terça-feira, de Milão com o objetivo de percorrer mais de 13 mil quilómetros, antes de chegar a Xangai, China. Pelo meio, as carrinhas e os respetivos motoristas robóticos terão de enfrentar várias provas arriscadas, como as concorridas avenidas de Moscovo, e a travessia da Sibéria e do Deserto de Gobi.
As duas carrinhas vão transportar, no interior, uma parafernália de tecnologias e alguns técnicos que asseguram a manutenção das máquinas ao longo do percurso.
De acordo com o Telegraph, os técnicos apenas deverão intervir na condução das carrinhas em casos que exigem decisões que só os humanos conseguem tomar (não foi detalhado o grau de intervenção dos condutores humanos, mas é de crer que cruzamentos e paragens para descanso possam ser decididas pelos técnicos).
As carrinhas estão equipadas com lasers e câmaras que permitem evitar obstáculos e manter o veículo dentro das estradas. A estes dispositivos juntam-se os processadores que gerem todos os dados relativos à condução, bem como os atuadores que controlam a direção que o veículo deve assumir durante a viagem.
As duas Piaggios movem-se com energia elétrica e, por isso, as carrinhas estão equipadas com painéis solares (e, para a eventualidade, geradores de petróleo) que asseguram o fornecimento de energia para as quatro horas de viagem diárias. As carrinhas não deverão ultrapassar os 60 KM/h.
Durante a viagem, os investigadores deverão recolher cerca de 100TB de informação considerada útil para futuros projetos de desenvolvimento de veículos guiados por robôs.
No vídeo, que se encontra nesta página pode ver uma pequena apresentação deste projeto que mereceu o apoio do Conselho de Investigação da Europa (financiamento de cerca de 1,8 milhões de euros).