
O projecto tem por base a inserção de faixas de um material piezoeléctrico que dá pelo nome de PZT entre duas peças de silício. Sempre que esta componente é dobrada, torcida ou sofre uma pressão, é gerada uma corrente que pode ser aproveitada para iniciar um movimento mecânico ou produzir uma corrente eléctrica, explica Technology Review.
Os investigadores de Princeton estimam que o novo material consiga acumular quarto vezes mais energia que outros materiais similares já conhecidos. Em média, o dispositivo criado em PZT recolhe 80% da energia que é aplicada sobre ele.
Além da geração de energia, a nova solução pode revelar-se especialmente inovadora no que toca à flexibilidade. Hoje, já estão a ser usadas soluções de PZT por militares norte-americanos, que necessitam de fontes de energia alternativas para alimentar, a partir das solas das botas, vários dispositivos electrónicos usados durante as campanhas. Mas estas soluções têm sido alvo de queixa dos mesmo militares, que consideram que as "solas energéticas" são pouco flexíveis.
Ao criar uma solução que substitui um placa maciça por faixas revestidas por silício, os investigadores norte-americanos não só conseguiram dar maior flexibilidade ao material como aumentaram a capacidade de geração de energia.
Além das "solas de sapatos energéticas", a nova solução pode tornar-se útil para criar uma fonte energética para pacemakers instalados no coração de um ser humano.
Desta feita, o dispositivo de PZT/Silício estaria implantado nos pulmões, para aproveitar os moviomentos da respiração para a produção da voltagem necessária.