A tecnologia, que dá pelo nome de SICU, foi desenhada para monitorização de doentes de Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
A solução criada pelos investigadores Pedro Bizarro e Diogo Guerra distingue-se por monitorizar níveis potássio, magnésio, plaquetas, entre muitos outros factores que contribuem para a ocorrência de ataques cardíacos.
Os mentores do projecto lembram que as salas de UCI já têm múltiplos equipamentos de monitorização, mas estas máquinas não impedem que todos os anos ocorram milhares de enfartes agudos do miocárdio (membrana que envolve o coração).
Com a tecnologia SICU, os investigadores acreditam poder sanar o envio de falsos alarmes que caracteriza os sistemas de monitorização tradicionais, através de uma solução que pode ser adaptada às condições e características de cada doente.
Segundo comunicado da FCTUC, a SICU faz estimativas para as 24 horas subsequentes com base em prioridades e regras de tratamento dos vários eventos relacionados com um paciente.
Os dados do paciente são obtidos em tempo real; a informação é apresentada aos profissionais clínicos com os gráficos típicos de uma aplicação informática.
A tecnologia SICU encontra-se hoje em fase piloto, tendo sido desenvolvida no âmbito do projecto europeu Benchmarking Complex Event Processing Systems (BICEP), em parceria com investigadores da Oracle, do Centro Médico da Universidade de Utah e o Instituto Whitehead/Centro do Genoma do MIT.
Depois da vitória na quinta edição do Prémio BES Inovação (85 mil euros), os investigadores de Coimbra vão agora focar atenções e esforços na industrialização e comercialização da SICU através da recém-criada empresa FeedZai.
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