A nova imagem captada pelo Hubble mostra-nos a galáxia NGC 1546 na Constelação Dorado e podemos ver ‘faixas’ de poeiras na parte de cima, retroiluminadas pelo nucelo da galáxia. O efeito de luz algo avermelhada deve-se à absorção da mesma pelas poeiras, enquanto o núcleo brilha numa luz amarelada. O tom azul ali visto indicia a formação de estrelas jovens ativas. Em pano de fundo, vemos várias outras galáxias.
Para esta captura, foi usada a Wide Field Camera 3, como parte de um programa de observação conjunta do Hubble e do Telescópio James Webb, usando também dados do Atacama Large Milimiter/submilimiter Array.
A NASA explica que a imagem é uma das primeiras a ter sido captada pelo Hubble no seu novo modo operacional. Segundo a agência espacial norte-americana, dos seis giroscópios integrados no telescópio, apenas três permaneciam ativos. No entanto, ao longo dos últimos meses, foram detetados problemas técnicos num dos giroscópios que levaram a NASA a ativar um plano concebido para manter o telescópio operacional à medida que os seus instrumentos vão ‘envelhecendo’.
Deste modo, a agência optou por manter apenas um dos giroscópios a funcionar, reservando o outro que ainda está funcional para futuras observações. Embora as atividades científicas continuem com apenas um giroscópio, a NASA indica que poderão existir algumas limitações de menor grau nas suas capacidades, uma vez que o telescópio não terá tanta ‘flexibilidade’ como antes. Apesar disso, espera-se que continue as suas atividades de exploração espacial por mais algum tempo, pelo menos até 2035.
“Estamos preparados para muitos mais anos de descoberta à nossa frente e estamos entusiasmados por poder ver tudo do nosso sistema solar a exoplanetas e a galáxias distantes. O Hubble tem um papel importante na caixa de ferramentas astronómicas da NASA”, sublinha Jennifer Wiseman, cientista que faz parte do projeto do telescópio no Goddard Space Flight Center, em comunicado.