O asteroide 16 Psyche foi descoberto em 1852 e orbita o Sol na cintura de asteroides entre Marte e Jupiter, medindo mais de 230 quilómetros de ponta a ponta. Este corpo recai no tipo M, que significa rico em metal, podendo este ser rico em ferro e cobalto. A NASA lança hoje uma sonda, à boleia de um Heavy Falcon, em direção ao asteroide, com o contacto a acontecer previsivelmente em 2029.
O The Conversation faz um paralelismo interessante para se perceber a distância e o tamanho deste asteroide face à Terra: se o Sol tivesse o tamanho de uma bola de basquetebol, o diâmetro do asteroide seria o equivalente a três folhas de papel, com 0,3 mm, e localizado a 161 metros de distância.
A sonda que vai ser lançada usa um sistema de propulsão solar-elétrico, com um gás com carga elétrica acelerado por um campo elétrico poderoso. Esta escolha oferece uma aceleração modesta, face à combustão química, mas tem a vantagem de poder ser operada durante meses ou anos, com uma carga reduzida de combustível. Esta abordagem está a ser usada para outras missões interplanetárias de longa distância, mas requer que haja uma prolongada exposição solar.
O interesse no 16 Psyche prende-se com o facto de este poder estar ‘preso’ numa fase inicial de formação e ter passado por um processo de diferenciação, onde os materiais mais pesados possam ter afundado em direção ao núcleo e os mais leves flutuado em direção à superfície. Os cientistas pretendem perceber qual dos modelos de formação de planetas será o mais correto. Além do interesse científico de visitar um planeta com núcleo de ferro semelhante ao da Terra, há ainda o interesse financeiro de minerar metais preciosos.
Os cientistas vão conseguir estudar diretamente o núcleo deste asteroide, uma vez que está exposto, ‘preso’ na sua evolução. Os instrumentos a bordo permitem mapear a superfície, realizar experimentação gravitacional para determinar a estrutura interior do planeta e investigar o conteúdo mineral à superfície, graças à utilização de um espectrómetro.