A startup Lonestar Data Holdings, baseada na Florida, EUA, anunciou que está mais próxima de conseguir o objetivo de construir centros de dados na Lua, depois de ter concluído mais uma ronda de angariação de investimentos, na qual assegurou mais cinco milhões de dólares (cerca de 4,7 milhões de euros ao câmbio atual).
A empresa, especializada em computação na nuvem, quer construir uma série de centros de dados na Lua e criar uma plataforma viável para armazenamento de dados e processamento edge, ou seja, o que é feito próximo da fonte de consumo de dados, de forma a reduzir a latência.
Christ Stott, fundador da empresa, disse em 2022 que “os dados são o maior ativo criado pela raça humana. Estamos dependentes disso para quase tudo o que fazemos e são demasiado importantes para os termos armazenados só na biosfera frágil da Terra. O nosso maior satélite, a Lua, representa o lugar ideal para armazenar de forma segura o nosso futuro”, cita a publicação Gizmodo.
A escolha pela Lua pode ajudar a diminuir a pegada ecológica de se manter estruturas de centros de dados na Terra. Em dezembro, a Lonestar conduziu vários testes a bordo da Estação Espacial Internacional e pretende agora enviar uma pequena caixa para a superfície da Lua, à boleia da segunda missão Intuitive Machine IM-2 (a primeira está prevista para junho). A Intuitive Machine, por sua vez, recebeu investimento da NASA para preparar uma solução de transporte de carga para a Lua, integrada no programa Artemis.
Numa primeira fase, o armazenamento de dados na Lua deve servir apenas para guardar cópias de segurança que podem vir a ser necessárias em caso de desastres. O primeiro módulo de armazenamento a enviar pesa menos de um quilo e tem a capacidade de 16 TB. Os testes devem durar entre 11 e 14 dias na Lua, com a energia e as comunicações a serem asseguradas pela sonda da IM.