A NASA e a ESA já divulgaram algumas das imagens captadas pelo Telescópio James Webb (JWST) onde podemos ver Marte. O aparelho realizou também algumas leituras com os sensores que tem a bordo e essa informação revela algumas particularidades sobre a atmosfera do planeta ‘vermelho’.
A NIRCam, câmara de infravermelhos do JWST, já identificou que no momento mais quente do dia, a Bacia de Hellas é estranhamente mais escura do que as restantes áreas limítrofes. Giuliano Liuzzi, da NASA, explica que a pressão atmosférica mais elevada em baixas altitudes na Bacia pode estar a suprimir as emissões termais.
Outros instrumentos a bordo fizeram leituras que permitem desenhar o ‘mapa espectroscópico’ que mostra que o planeta absorve dióxido de carbono em diferentes comprimentos de onda e revela a presença de monóxido de carbono e água. Os investigadores pretendem elaborar um estudo mais completo, com mais detalhes sobre a química no ar de Marte, noticia o Engadget.
A equipa teve de ultrapassar alguns desafios associados com o facto de que Marte é um dos objetos mais brilhantes que o JSWT consegue ver e isso constitui um problema para um observatório criado para ver os objetos mais distantes do universo. Para conseguir as imagens, a equipa teve de captar com muito baixas exposições e usar técnicas especiais para analisar a informação que estava a ser recebida.
Os investigadores vão continuar a apontar o Telescópio para Marte e espera-se agora que as observações possam ajudar a resolver a questão sobre a existência de metano em Marte, o que pode indiciar a presença de vida ali, no passado.