De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), os centros de dados e a computação em nuvem são responsáveis por cerca de 1% a 2% do consumo global de eletricidade, sendo que este valor deverá crescer à medida que mais empresas adotam soluções baseadas em IA. Um estudo realizado pela Universidade de Massachusetts Amherst, em 2019, revelou que o treino de um modelo de IA de grande escala pode gerar emissões de cerca de 284 toneladas de dióxido de carbono (CO₂), o equivalente às emissões de cinco carros ao longo de toda a sua vida útil. Além do consumo energético, os centros de dados utilizam grandes quantidades de água para arrefecer os servidores. Sistemas de refrigeração líquida, que circulam água para absorver o calor são mais eficientes do que os métodos de arrefecimento por ar, mas também são mais exigentes em termos de recursos.
O papel das grandes empresas
Empresas tecnológicas como a Google, Amazon e Microsoft, que operam alguns dos maiores modelos de IA, têm estado sob crescente escrutínio devido ao impacto ambiental. A Breakthrough Energy, uma organização fundada por Bill Gates, estimou que as infraestruturas de IA destas grandes empresas foram responsáveis pela emissão de milhões de toneladas de dióxido carbono desde 2020. Estas organizações estão, contudo, a tentar mitigar o impacto ambiental. A Google comprometeu-se a operar com energia 100% livre de carbono até 2030, e a Microsoft anunciou que, até essa data, pretende eliminar mais emissões de carbono do que aquelas que produz.