O Exército Australiano, através do Grupo de Vigilância da Força Regional (RFSG) do Regimento de Pilbara, está a testar um novo sistema robótico não tripulado, o Ground Uncrewed System (GUS). Este robô de vigilância está equipado com câmaras e sensores que permitem fornecer vigilância contínua durante mais de 30 dias, utilizando apenas energia da bateria. Quando a bateria está prestes a esgotar-se, um gerador interno a combustível líquido recarrega-a, prolongando ainda mais a autonomia.
O brigadeiro James Davis, diretor-geral do departamento Future Land Warfare, afirmou que o exército australiano está empenhado em desenvolver capacidades que aproveitem as tecnologias novas e emergentes. “Colocar este equipamento nas mãos dos utilizadores finais, como o RFSG, permite-nos aprender diretamente com a sua utilização”, podemos ler no site do departamento da defesa australiana.
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O GUS foi desenvolvido numa fase inicial por investigadores da Federation University, instituição de ensino em Victoria, com o propósito de ajudar os guardas florestais a protegerem os parques nacionais de África. Contudo, em 2022, a universidade revelou que, com o interesse do exército australiano, o foco passou da proteção da vida selvagem para uma utilização de caráter militar.
O 13.º Regimento de Engenheiros do Exército já testou o GUS em diversas situações. O robô tem a capacidade de detetar objetos em movimento e transmitir a informação para um operador remoto. Este robô poderá desempenhar um papel crucial em sinalizar soldados de condições ambientais adversas e na expansão das áreas de vigilância.
“Trabalhar com a indústria nacional desbloqueia novas ideias e fortalece a base industrial da Austrália. O Projeto GUS demonstra o que pode ser alcançado localmente”, acrescentou James Davis.