Satya Nadella é o terceiro diretor executivo (CEO) da Microsoft a admitir que a empresa cometeu alguns erros na sua estratégia para o segmento dos dispositivos móveis. Em entrevista ao Business Insider, quando inquirido sobre uma decisão da qual se arrependia, o executivo conta que “a decisão de que muitos falam – e uma das mais difíceis que fiz enquanto CEO – foi a nossa saída do que se consideravam telemóveis na altura. Em retrospetiva, julgo que havia formas para podermos fazer funcionar, talvez reinventado a categoria de computação entre PC, tablets e telemóveis”.
A Microsoft desistiu de desenvolver o Windows Phone, mas já lançou entretanto os Surface Duo e Surface Duo 2, ‘alimentados’ a Android. Sem atualizações de software e sem um sucessor à vista, não se percebe para já qual vai ser a estratégia da Microsoft neste domínio.
Bill Gates, cofundador e ex-CEO da Microsoft, também já admitiu que ter perdido o Android para a Google em 2005 foi “o maior erro de sempre”. O diretor executivo que se seguiu, Steve Ballmer, também confessa arrependimento por não se ter focado nos smartphones mais cedo. Ballmer terá sido lento a reagir à ameaça dos Android e dos iPhone, rindo-se do telemóvel da ‘maçã’ e vaticinando que o aparelho não iria apelar ao segmento de negócio, por não ter um teclado. Em 2013, Ballmer contou: “Arrependo-me de um período no início dos anos 2000 em que estávamos tão focado no que tínhamos de fazer em torno do Windows [Vista] que não colocamos talento no novo aparelho chamado telemóvel. Esse é o meu maior arrependimento”, cita o The Verge.
A visão de Redmond tem passado por fornecer apps para o Android e iOS, atualizando constantemente o Phone Link para ligar estes aparelhos móveis ao Windows. Outro vetor da estratégia passa por uma ligação próxima com a Samsung para assegurar que o Office está pré-instalado nos telemóveis Android da fabricante.