Astrónomos apontaram o telescópio James Webb (JWST) para perscrutar as nuvens de uma galáxia distante para investigar a sua estrutura em detalhe. Acabaram por descobrir que a galáxia está no meio do nascimento de uma estrela, num processo explosivo e possivelmente causado pela colisão com outra galáxia.
A GN20, galáxia a 12 mil milhões de anos-luz, é uma das galáxias formadoras de estrelas mais recentes a ser estudada pelos astrónomos e é uma das mais luminosas jamais analisadas, noticia o Space.com.
A galáxia está localizada numa região onde este tipo de sistemas se junta para formar uma grande coleção, conhecida por cluster de galáxias. A GN20 é vista como era quando o universo de 13,8 mil milhões tinha ‘apenas’ 1,8 mil milhões de anos e está a formar estrelas com 1860 vezes a massa do Sol a cada ano. Os gases moleculares estão a expandir-se para um diâmetro de 46 mil anos-luz, com o material formativo de estrelas a ficar achatado num disco rotativo gigante.
A estrutura interna da galáxia está a gerar estrelas com 500 vezes a massa do Sol a cada ano e está a fazê-lo há mais de cem milhões de anos. Agora, a equipa considera que a GN20 se vai tornar numa galáxia massiva, semelhante às que são encontradas na região conhecida como Via Látea.
O trabalho de investigação foi possível graças a dados recolhidos pelo instrumento de infravermelhos MIRI do JWST a 23 e 24 de novembro de 2022, pelo cientista espanhol Luis Colina. Leia o estudo completo publicado aqui.