O caso começou a ser julgado em março e o júri precisou de quatro dias para chegar ao veredicto final agora: ‘Sunny’ Balwani foi considerado culpado de todas as 12 acusações que enfrentava, entre dez de fraude e duas de conspiração para cometer fraude. Já Elizabeth Holmes, ex-namorada de Balwani e fundadora da Theranos, num caso separado, foi ilibada de acusações de fraude aos pacientes, o júri não chegou a consenso sobre as acusações de fraude aos investidores, mas considerou-a culpada de outros quatro crimes também relacionados com investidores.
Balwani desempenhou o cargo de COO (responsável operacional) da Theranos e foi acusado há quatro anos de defraudar investidores e pacientes da startup especializada em testes de sangue. Depois de ser lido o veredicto, o empresário não expressou qualquer reação, conferenciando apenas com uma pequena equipa através de um sistema de suporte, noticia a CNN. A decisão sobre Balwani surge quase seis meses depois de ter sido concluído o caso de Holmes.
A procuradora Stephanie Hinds congratulou o júri pela “navegação através dos temas complexos apresentados por este caso” e revelou que concorda com a decisão, “aguardando agora pela leitura da sentença”. Já a defesa de Balwani revelou-se “obviamente desapontados. Planeamos estudar e considerar todas as opções, incluindo um recurso”.
A Theranos foi fundada por Elizabeth Holmes aos 19 anos e apresentava uma alternativa mais eficiente para os testes de sangue tradicionais, alegando ter uma tecnologia capaz de testar amostras mesmo para cancros ou diabetes com apenas umas gotas de sangue. A empresa conseguiu recolher 945 milhões de dólares junto de investidores e alavancou parcerias com retalhistas. Tudo começou a ruir em 2015 quando um trabalho do Wall Street Journal revelou que havia várias falhas nos métodos de teste e nas capacidades tecnológicas apresentadas.