O ouro sempre foi uma estrela brilhante no panorama dos investidores, sobretudo quando a incerteza reina nos mercados. É o “ativo refúgio” por excelência. Serve como forma de cobertura face a riscos económicos e ao medo. Proporciona uma forma de diversificação das carteiras de investimento, dada a sua reduzida correlação com as obrigações e as ações.
Mas agora, outros metais estão também a captar o interesse dos investidores, embora com um racional diferente, assente na sua intensa e extensa utilização por diversas indústrias e setores. Atualmente, quase todos os 86 metais da tabela periódica de elementos são alvo de mineração, quando no início do século XX eram pouco mais de uma dúzia. O desenvolvimento tecnológico e a transição energética explicam o assombroso aumento da procura por estes minérios, utilizados numa panóplia de setores e indústrias.
O cobre é um dos metais mais apetecíveis, com uma utilização bastante massificada, em atividades tão dispares como a construção ou a maquinaria. Estima-se que todas as reservas de cobre identificadas em 2010 estejam esgotadas em 2050. Assim, são esperadas restrições maiores ao nível da extração e produção, num contexto em que a procura não deverá abrandar. A título meramente exemplificativo, uma simples turbina eólica pode conter entre 1 a 5 toneladas de cobre, e num smartphone, este metal é o que tem maior peso na sua composição.
A prata também se encontra sob pressão, com uma utilização significativa na indústria automóvel e da energia, nomeadamente em todas nas conexões e circuitos elétricos presentes carro moderno, que vão deste o arranque, ao abrir de janelas, passando pelos disjuntores e fusíveis.
Já o níquel, é a matéria-prima fundamental na produção do aço inoxidável. Estima-se que até 2050, a procura deste metal quadruplique, à medida que os carros elétricos substituam os tradicionais, na medida em que é indispensável para a produção de baterias elétricas.
O paládio tem assistido a um aumento da procura para a produção de conversores catalíticos. Estes ajudam a reduzir os poluentes não queimados pela combustão, convertendo os gazes de escape em elementos menos tóxicos. Ou seja, o foco na redução da emissão de CO2 justifica este aumento da procura do paládio, juntamente com a platina, que também é utilizada na produção destes conversores.
Outros metais que também já entraram nos radares dos investidores são o alumínio, o zinco e o chumbo, que têm utilizações diversificadas, que vão da construção, ao setor automóvel e à produção de baterias de todo o tipo.
Os metais são assim, imprescindíveis para o desenvolvimento tecnológico e para a transição energética. Os compromissos e objetivos ambientais assumidos, inclusivamente na recente COP28, tornam a produção de energia a partir de fontes renováveis incontornável, com taxas de crescimento expetáveis impressionantes. Note-se que as energias renováveis consomem mais metais que as energias convencionais, colocando pressão adicional sobre a procura. Na verdade, grande parte dos metais são considerados matérias-primas críticas, sendo que a sua substituição não é de todo fácil ou mesmo possível.
Do lado da oferta, os metais são recursos limitados em termos de disponibilidade na natureza, enquanto, a sua mineração sofre os impactos do aquecimento global. Isto porque, os seus ativos estão expostos aos crescentes riscos climáticos e de stress hídrico, colocando assim em causa a própria transição energética.
A conjugação da procura crescente com oferta limitada, coloca os preços dos metais sob pressão, e com uma tendência de longo prazo de evolução ascendente. Por outro lado, permite aos investidores uma exposição diferenciada a temas como o desenvolvimento tecnológico e a transição energética. E por fim, e não de somenos importância, é inegável o contributo da classe das matérias-primas (commodities), na qual os metais se inserem, para a diversificação de uma carteira de investimento. São, assim, para os investidores, metais mais que preciosos.
O Banco Best disponibiliza aos seus clientes diferentes formas de se exporem aos mercados das commodities de metais. Podem fazê-lo através de mercado organizado ou em OTC (over-the-counter). Podem investir, expondo-se diretamente às flutuações dos índices destas matérias-primas, através de futuros, ETFs (Exchange traded funds) ou fundos, ou indiretamente, através de empresas que atuam no setor da mineração, processamento e negociação destes metais, nomeadamente em ações destas empresas, ou fundos e ETF’s que investem nessas ações.