Afinal, não foram os chineses a comprar os 7,5% que a Teixeira Duarte detinha na Lusoponte. As duas maiores acionistas, a Lineas (Mota Engil) e a Vinci Highways exerceram o direito de preferência e pagaram 23,2 milhões de euros para reforçar a participação na concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama.
Segundo um comunicado remetido pela Teixeira Duarte à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Vinci Highways compra 185 625 ações da Lusoponte por 11,77 milhões de euros enquanto a Lineas adquire 189 376 ações por 11,53 milhões de euros.
A aquisição pela Companhia de Investimento China-Portugal Global, Limitada, com quem tinha sido feito o contrato-promessa em junho passado, acaba assim por não se concretizar, mas a transação é feita no mesmo valor que tinha sido acordado com os chineses – os 23,3 milhões de euros.
Se a operação se verificar – está ainda dependente de procedimentos da Lusoponte “junto das entidades financiadoras,” como se lê no comunicado -, a Lineas mantém-se a maior acionista, com 41,81% do capital, enquanto a Vinci fica com 40,98%. Os restantes 17,2% continuam com a Autostrade Portugal, da italiana Autostrade dell’Atlantico.
“Caso os contratos se concretizem, estima-se que estes terão um impacto nos resultados contabilísticos do Grupo de cerca de 18 milhões de euros,” refere a Teixeira Duarte no comunicado.