O Novo Banco registou 231,2 milhões de euros em prejuízos nos primeiros seis meses do ano, uma descida de 20% em relação aos 290,3 milhões de euros negativos no mesmo período do ano passado. Contudo, compara com lucros de 60,9 milhões de euros que tinham sido registados no primeiro trimestre de 2018.
Segundo o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a penalizar as contas estiveram a operação de emissão e troca de dívida e a anulação de prejuízos fiscais reportáveis, que geraram um impacto negativo de 110 milhões de euros. Sem estes efeitos continuaria a haver prejuízo, embora menor: 121,2 milhões de euros.
Os lucros do primeiro trimestre – que foi o primeiro completo sob gestão Lone Star – tinham-se devido ao efeito positivo gerado pela classificação da seguradora GNB Vida como actividade em descontinuação, já que está em processo de venda.
Até junho, o produto bancário comercial, de 361,1 milhões de euros, manteve-se próximo do do semestre homólogo, mas o produto bancário foi penalizado pela performance negativa dos resultados de operações financeiras e de outros resultados de exploração. A redução de balcões e colaboradores levou os custos operativos a recuarem em 7,9% para 244,2 milhões de euros. Os gastos com pessoal caíram 6,2%.
O resultado operacional afundou 40,7% para 101,7 milhões de euros e, embora as imparidades e provisões tenham caído na mesma magnitude (39,9%), o resultado antes de impostos continuou negativo – 146,8 milhões de euros, ainda assim uma melhoria de 39,3%.
Os depósitos da instituição liderada por António Ramalho (na foto) subiram 3 859 milhões de euros num ano para 29 240 milhões de euros, um aumento de 15%. Os depósitos de clientes representavam 57% do ativo no final de junho. Já o crédito bruto a clientes desceu 4,7% para 30,72 milhões de euros.