O BPI anunciou este domingo que o seu principal acionista, os catalães do CaixaBank, compraram por 177,97 milhões de euros a participação de 8,425% detida no banco pela Allianz e que vão pedir a saída do banco português da bolsa.
A contrapartida oferecida foi de 1,45 euros por ação, que pressupõe um prémio de 22,67% em relação ao valor de fecho da última sessão (sexta-feira passada, com 1,18 euros) e de 22,16% em relação ao preço médio ponderado dos últimos seis meses, refere um comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Com esta aquisição o CaixaBank passa a ter 92,935% do capital do banco. O maior accionista do BPI vai convocar nas próximas semanas uma assembleia-geral para aprovar a perda de qualidade de sociedade aberta, o que fará com que o banco deixe de ser admitido à cotação em bolsa.
Caso essa saída seja aprovada pela AG e pela CMVM, o remanescente das ações (7,065%) será depois comprado de forma potestativa ao mesmo preço: 1,45 euros por título, ou 149,2 milhões de euros, refere o comunicado. No total, 327,17 milhões de euros por todas as ações que o banco catalão ainda não detinha.
O CaixaBank concluiu em fevereiro passado a OPA sobre o BPI, tendo ficado com 84,5% do banco, sendo na altura a contrapartida de 1,134 euros. O valor agora oferecido é 27,9% superior ao montante pago na OPA.
O CaixaBank e a Allianz vão entretanto reforçar a ligação comercial ao nível dos seguros não-vida vendidos aos balcões do BPI nos próximos dez anos, sendo os seguros vida vendidos até 2019. A partir de 2020, o BPI passará a vender seguros vida do BPI Seguros e Pensões.
Apesar da venda da participação ao CaixaBank, o BPI continuará a ter 35% da Allianz Portugal, conclui o comunicado.