O Automóvel Club de Portugal (ACP, liderado por Carlos Barbosa – na foto) vai lançar esta quinta-feira, 8 de março, uma nova oferta de seguro automóvel dirigida aos seus sócios e que terá um preço único, independentemente da cilindrada do veículo e da localidade de circulação do automóvel.
O prémio do seguro será de 10,99 euros por mês (131,88 euros em 12 meses), e é dirigido a condutores com mais de 30 anos, com carta de condução há cinco ou mais anos e que não tenham tido um acidente nos últimos cinco. Os veículos abrangidos são os ligeiros de passageiros, além dos SUV e jipes, mas exclui carrinhas pick-up.
A este valor do seguro – disponibilizado pela Liberty – há que acrescentar o da quota mensal de sócio do ACP, que é de oito euros (ou 96 euros por ano). No total, contabilizadas as duas vertentes, o montante despendido ascende a cerca de 230 euros o que, contabilizando os benefícios de ser sócio da organização (entre os quais os descontos na compra de combustíveis), fica “à vontade” 25% a 30% abaixo dos preços médios praticados no mercado para seguros nos mesmos tipos de veículos, afirma à EXAME Luís Figueiredo, diretor-geral do ACP. “É um seguro competitivo e descomplicado, muito fácil,” classifica o responsável.
Além de cobrir danos contra terceiros e oferecer assistências em estrada em número ilimitado, o seguro dá ainda direito a veículo de substituição por cinco dias. A isto juntam-se os benefícios já concedidos aos sócios, como a assistência jurídica e o serviço proteção de avaria, lançado também este ano. Neste caso, se o carro avariar e as unidades móveis não conseguirem resolver o problema no local, o ACP paga a mão de obra do arranjo numa oficina à escolha, até 500 euros. “A oferta será sempre mais competitiva no ACP, mesmo que acrescente extras”, assegura Luís Figueiredo.
Com a nova oferta, vem também o objetivo de fazer crescer a base de sócios e o número daqueles que, entre eles, subscrevem seguros. Atualmente, 35% dos associados já são clientes destes produtos da mediadora do ACP e a meta é que, até ao final do ano, este valor aumente para 50%, convencendo muitos dos atuais membros a aderir a este género de soluções.
Já o número de sócios deverá crescer em 10 mil durante 2018 – no final do ano passado eram 253.177. Em 2016, o número de novos sócios que vieram através de seguros representou 8,45% do total, em grande parte devido à adesão ao seguro de acidente e doença “A Idade não Conta”. Este é, segundo o diretor-geral, o “único seguro em toda a Europa sem limite de idade.” No caso de um beneficiário com mais de 80 anos, por exemplo, o prémio do seguro disponibilizado pela Groupama é de 20 euros por mês (240 euros por ano).
“O mais importante é conseguirmos cimentar no mercado a ideia de que, sempre que a pessoa pense em seguros, pense no ACP,” acrescenta Luís Figueiredo. Um esforço que faz parte da estratégia da organização para descolar da imagem clássica do reboque de veículos avariados e onde se incluiu o já referido lançamento da solução proteção de avaria.
O seguro automóvel representou em 2016 (último ano com dados disponíveis) 71,9% das receitas da ACP Mediação de Seguros. Contabilizando todos os seguros, nesse ano, foram comercializadas 12.173 novas apólices e as receitas da empresa ascenderam a 2,63 milhões de euros, uma subida de 16% em relação a 2015. A mediadora apurou em 2016 lucros de 483,7 mil euros, 242 mil dos quais foram distribuídos em dividendos, de acordo com o relatório e contas da ACP Seguros, entidade que em setembro deste ano completa 25 anos.