De norte a sul do país, passando pelas ilhas, há mais de 130 incubadoras dedicadas a apoiar os empreendedores. Servem para desenvolver competências e ajudar aqueles que “tipicamente se dedicam a desenvolver modelos de negócio inovadores, com tecnologias de ponta, e que, na maioria dos casos, têm elevada probabilidade de falhar”, define João Mendes Borga, responsável pela Rede Nacional de Incubadoras (RNI), projeto criado pela Startup Portugal. Junto destas instituições, “os empreendedores conseguem taxas de sucesso muito superiores às de quem não beneficia das suas redes de contactos, iniciativas de promoção e experiência acumulada”. “A taxa de falhanço das startups criadas fora das incubadoras é mais do dobro quando comparada com as criadas dentro das incubadoras”, remata o responsável.
O mapa das incubadoras e atividade empreendedora, desenhado pela RNI, acompanha aquilo que é a distribuição populacional no território e o nível de atividade empresarial existente, bem como os polos de conhecimento e a disponibilidade de capital. É em Lisboa, no Centro e no Norte Litoral do país que se concentram mais infraestruturas de apoio aos empreendedores. Incubadoras, aceleradoras ou ninhos de empresas que são promovidos por muitas entidades e com diferentes objetivos.
“Hoje em dia temos grandes empresas, como a EDP ou a Vodafone, a desenvolverem as suas incubadoras, mas também temos universidades com uma missão de apoio aos seus alunos e investigadores, e institutos estatais, como o Instituto do Emprego e Formação Profissional. Os municípios também desempenham um importante papel no apoio à fixação da geração mais nova no território e na modernização das suas zonas industriais, e há ainda uma maioria de instituições sem fins lucrativos que se dedica à promoção do empreendedorismo e incubação de empresas, como a Associação Nacional de Jovens Empresários, que desenvolve esta missão há mais de 30 anos”, reforça.
Deste universo, o responsável da RNI destaca a Startup Lisboa e a Beta-i, pelos seus perfis internacionais, o Instituto Pedro Nunes (IPN) ou o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), “com um elevado número de empresas e valor de faturação”.
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