Que impostos irão subir ou descer no próximo ano é um segredo que o ministro da Finanças, Mário Centeno, e o seu novo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF), Mendonça Mendes, prometem guardar até outubro, quando entregarem à Assembleia da República (AR) a proposta de lei do Orçamento do Estado (OE) para 2018. Para já, as negociações entre o governo socialista e os partidos à sua esquerda prometem decorrer à porta fechada. Para furar todo este secretismo, sete fiscalistas antecipam à EXAME que novidades podem vir a caminho.
Há boas e más notícias, já que o desafio do Governo é aritmeticamente impossível: pretende reduzir o défice orçamental até 1% do PIB, enquanto a maioria parlamentar que o sustenta exige tanto medidas que diminuam a receita como medidas que aumentem a despesa. É o caso do alívio fiscal sobre as famílias mais pobres, a atualização dos salários e das pensões, o ingresso dos precários na função pública ou o reforço das verbas para funcionamento e investimento nos serviços públicos.
Quem irá pagar a conta? Leia o que fiscalistas e empresários têm a dizer sobre a carga fiscal em Portugal e as mudanças que antecipam para o Orçamento do Estado para 2018. Enquanto isso, siga o relato de um dia mirabolante na vida de um contribuinte português, entre impostos, licenças, direitos, estampilhas, compensações, custas, prestações, emolumentos, comparticipações e demais ‘taxas e taxinhas’ que incidem sobre as famílias e empresas em Portugal. Para descobrir quanto se paga de impostos por dia e por português acompanhe as aventuras do Senhor Tributado e da sua família — e esteja atento ao contador da carga fiscal, que vai somando, cêntimo a cêntimo, o que cada um deve diariamente ao fisco.
Leia mais na edição de setembro da Exame, já nas bancas