Como é habitual todos os anos, a WeDo Technologies reuniu no início de maio, em Lisboa, mais de 250 especialistas e gestores e 65 operadores de telecomunicações de 50 países. Este tipo de evento internacional para a comunidade de utilizadores é pouco comum para as empresas portuguesas, mas é habitual entre as multinacionais de software (onde a WeDo se inclui).
A empresa, liderada por Rui Paiva, é o caso de sucesso mais visível de entre as empresas de software e sistemas de informação da Sonaecom. Fundada em 2001, a WeDo começou por ser uma empresa instrumental do grupo na área de software de revenue assurance (garantia de receitas e fraude) para a operadora móvel Optimus (hoje parte da NOS) e atualmente é o principal ator no mercado mundial neste nicho. Cresceu de forma orgânica e através de algumas aquisições, ao ponto de se tornar numa das empresas portuguesas de software com maior presença internacional. Vende software e consultoria a empresas de telecomunicações, media e tecnologia em 105 países e reúne um ecossistema de 600 especialistas na sua ferramenta de garantia de receitas prevenção de fraudes. Tem atualmente duas fábricas de software em Braga e nos Estados Unidos e 10 escritórios em vários pontos do globo, que gerem mais de 190 clientes, que são sobretudo operadores de telecomunicações.
Para contrariar a desaceleração do negócio junto dos operadores de telecomunicações, a WeDo está a criar canais indiretos de venda e está a diversificar para outros sectores, como o retalho, saúde, energia, utilities e financeiras, onde a dimensão das empresas e o número de clientes justificam uma monitorização contínua de processos. Para o futuro, tal como todo o sector de software, a WeDo Technologies está a apostar na computação na nuvem, tendo anunciado no evento de Lisboa o produto RAID Cloud.
Este artigo é parte integrante da Exame de Junho de 2017