A Riberalves produz 30 mil toneladas de bacalhau por ano, o equivalente a cerca de 8% a 10% de todo o ‘fiel amigo’ pescado no mundo. E a capacidade produtiva desta empresa familiar e 100% portuguesa “conheceu um forte impulso a partir do ano 2000, após o investimento na unidade industrial situada na Moita, transformada naquela que é hoje a maior unidade mundial a operar exclusivamente no sector do bacalhau”.
Este é um dos cartões de visita da Riberalves, que no seu site acrescenta ainda que “nesta unidade, a Riberalves tem tecnologia própria, desenvolvida para assegurar a produção do Bacalhau Demolhado Ultracongelado – Pronto a Cozinhar, uma categoria de produto que, pela sua qualidade e pelo seu caráter prático, tem vindo a permitir reinventar o consumo de bacalhau e a apontar a novos mercados”.
Ricardo e Bernardo Alves são os irmãos que inspiraram a designação desta empresa de Torres Vedras e integram com os pais, João Alves e Manuela Alves, a estrutura administrativa de um grupo que remonta aos anos 60 do século passado e que tem hoje cerca de 500 colaboradores. A presença da empresa não se esgota nas prateleiras nacionais: a Riberalves está em mais de 20 países e exporta 40% da sua produção para o chamado ‘mercado da saudade’, junto das comunidades emigrantes portuguesas. Brasil, Angola e França são os principais destinos do bacalhau Riberalves, que lidera entre os consumidores nacionais e que tem também uma posição dominante nos mercados tanto brasileiro como angolano. Para dar resposta ao aumento da procura mundial de bacalhau, a empresa está a desenvolver um produto de cura tradicional portuguesa, mas com a inovação de ser sem pele e sem espinhas. Numa primeira fase, o bacalhau tem como alvos os mercados norte-americano e mexicano.
Este artigo é parte integrante da Exame de Junho de 2017