01
O VOLUME DE NEGÓCIOS QUASE DUPLICA ENTRE 1989 E 2013?
Ao longo das 25 edições, o volume de negócios agregado das 500 M&M praticamente duplicou: considerando preços constantes de 2013, passou de 62,6 mil milhões de euros em 1989 para 124,3 mil milhões de euros em 2013. Os setores no ranking que registaram maior incremento no volume de negócios ao longo destes 25 anos foram o gás, eletricidade e água (4,8 vezes mais), as telecomunicações (4,4 vezes mais) e os serviços (3,1 vezes mais).
02
OS RESULTADOS LÍQUIDOS DAS 500 M&M CAEM 30% ENTRE 2011 E 2013?
Os resultados líquidos das 500 Maiores & Melhores, encolheram 30% entre 2011 e 2013. Um decréscimo mais acentuado do que a quebra de 8,9% observada no seu volume de negócios no mesmo período. Mesmo considerando apenas as empresas com resultados líquidos entre os 100 milhões negativos e 100 milhões positivos (abrange mais de 95% das empresas no ranking ), a queda nos resultados é de 13,3%. Em termos setoriais, neste ranking , hotelaria e restauração e comércio por grosso foram aqueles onde se registou uma maior quebra nos resultados líquidos, enquanto construção e distribuição alimentar têm os maiores aumentos.
03
AS 500 M&M REGISTARAM UMA MENOR DESCIDA NO EMPREGO, DO QUE O VERIFICADO A NÍVEL NACIONAL?
Entre 2011 e 2013, verificou-se uma queda no emprego em termos nacionais de aproximadamente 6,6%. No mesmo período, a descida do emprego das 500 Maiores & Melhores Empresas de Portugal foi menor (4,7%) O emprego nas 500 M&M aumentou de forma consistente entre 2005 e 2010 e, a partir deste ano tem vindo a decrescer. Por seu turno, o emprego em Portugal tem vindo consistentemente a decrescer desde 2008.
04
AS 500 MAIORES EMPRESAS REPRESENTAM 8,76% DO EMPREGO EM PORTUGAL?
As empresas do ranking das 500 Maiores & Melhores, empregavam 387 857 pessoas em 2013, o que correspondia a 8,76% da população empregada no país nesse ano. Em 1989, o emprego nas 500 M&M representava 7,06% dessa população. O pico aconteceu em 2010, quando as 500 maiores empresas em Portugal empregavam 433 162 pessoas (8,84% da população empregada no país). Já o mínimo ocorreu em 2011, com 275 992 trabalhadores (5,38% da população empregada em Portugal).
05
O SETOR PRIVADO REFORÇA PESO FACE AO PÚBLICO?
No ranking das 500 Maiores & Melhores, as entidades com controlo acionista privado nacional e internacional tinham, em 2013, pesos de 48% e 45%, respetivamente, no que toca ao número de empresas. Além disso, representavam 55% e 39%, respetivamente, do volume de negócios das 500 M&M. Já as entidades com controlo maioritário por parte do Estado representavam apenas 6% do ranking , em termos de número de empresas e volume de negócios. Recuando 25 anos, em 1989, 65% das entidades tinham controlo acionista privado nacional, representando 40% do volume de negócios das 500 M&M. As multinacionais representavam 22% das 500 M&M, sendo responsáveis por 27% do volume de negócios. Por fim, as entidades que tinham como principal acionista o Estado, totalizavam cerca de 10% do ranking e tinham um peso de 30% na faturação das 500 M&M.
06
AS MAIORES EMPRESAS REPRESENTAM 52% DAS EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS?
As exportações das empresas que compõem o ranking das 500 Maiores & Melhores Empresas em Portugal (500 M&M), representaram 52% das exportações totais de Portugal em 2013. Um valor que fica sete pontos percentuais acima do registado em 2007 (45%), mas, ainda assim, aquém do pico de 56% alcançado em 2011. Estes números mostram o elevado peso das maiores empresas na economia nacional.
07
AS GRANDES EMPRESAS LIDERAM A APOSTA NOS MERCADOS EXTERNOS?
As exportações das maiores empresas têm crescido nos últimos anos a um ritmo superior às exportações do conjunto da economia portuguesa, mostram as edições históricas das 500 M&M. Entre 2007 e 2013, as vendas para os mercados externos das 500 M&M cresceram à taxa média anual de 4,9% (considerando preços constantes de 2013), enquanto as exportações portuguesas aumentaram 2,3% ao ano, em termos médios. Considerando apenas o período entre 2009 e 2013, a tendência exportadora reforça-se, com as exportações das 500 M&M a crescerem à taxa média anual de 8,1% (mais uma vez considerando preços constantes de 2013) e as exportações do conjunto da economia portuguesa a aumentarem 6,6% ao ano, em média.
08
A CRISE LEVOU O RETALHO E AS TELECOMUNICAÇÕES A PERDER PESO NO RANKING?
As maiores empresas em Portugal não escaparam à crise do mercado interno nos últimos anos, mostram as edições históricas das 500 Maiores & Melhores Empresas em Portugal. Os setores mais dependentes do mercado interno e do consumo, em particular, foram os mais afetados. É o caso do retalho e das telecomunicações. Como resultado, estes dois setores têm vindo a perder representatividade no volume de negócios das 500 M&M. Em 2010 representavam 22% do total, valor que desceu para os 20% em 2013.
09
AS VENDAS DAS MAIORES EMPRESAS NO MERCADO INTERNO ACOMPANHAM A QUEDA DO CONSUMO?
Os últimos anos têm sido de contração das vendas no mercado interno das maiores empresas no país, mostram as 500 Maiores & Melhores Empresas em Portugal (500 M&M). Entre 2007 e 2013, as vendas no mercado interno das 500 M&M desceram 0,1% ao ano em média (considerando preços constantes de 2013), enquanto o consumo privado recuou à taxa média anual de 0,5%. A partir de 2010, contudo, a quebra nos dois indicadores é mais acentuada no caso das 500 M&M: 4,9% em termos médios anuais contra 2,2% para o consumo privado.
10
ENQUANTO AS EXPORTAÇÕES AUMENTARAM AS VENDAS AO MERCADO INTERNO SOFRERAM COM A CRISE?
A análise das vendas das 500 Maiores & Melhores, mostra uma tendência clara de reforço das exportações e de contração do mercado interno nos últimos anos. Entre 2007 (primeiro ano em que é possível destrinçar as componentes externa e interna do volume de negócios das 500 M&M) e 2013 as vendas para o mercado externo cresceram a uma taxa média anual de 4,9%, considerando preços constantes de 2013, enquanto as vendas no mercado interno recuaram 0,1% ao ano, em média. Uma tendência que se acentuou a partir de 2010. Entre esse ano e 2013, as exportações das 500 M&M cresceram à taxa média anual de 6,8% (considerando preços constantes de 2013), enquanto as vendas no mercado interno caíram 4,9% ao ano, em média.
11
O SETOR DA CONSTRUÇÃO LIDERA A APOSTA NOS MERCADOS EXTERNOS?
A aposta nos mercados externos pelas grandes empresas, nos últimos anos, é muito visível em setores como as indústrias transformadoras, os transportes e a construção, mostram as edições históricas das 500 M&M. Nesses setores, as exportações já representam cerca de metade, ou mesmo mais, do volume de negócios das empresas presentes no ranking. Destaque para o caso da construção, que confrontada com uma crise severa no mercado interno, virou-se para fora, com as vendas nos mercados externos a passarem de 24% do volume de negócios em 2007, para 54% em 2013.
12
AS MAIORES EMPRESAS APOSTAM NOS MERCADOS EXTRA COMUNITÁRIOS?
Os mercados extra comunitários têm vindo a ganhar peso nas exportações das maiores empresas do país. Entre 2007 e 2013, as vendas para estes mercados passam de 29% das exportações das 500 M&M, para 45%.
13
A INDÚSTRIA PERDE PESO A FAVOR DOS SERVIÇOS ENTRE AS MAIORES EMPRESAS?
O ranking das maiores empresas no país ilustra a terciarização da economia portuguesa nas últimas décadas. Em 1989, os setores mais relevantes nas 500 M&M, em número de empresas e volume de negócios, eram as indústrias transformadoras, o setor grossista e o retalho. E, apesar de se manterem no topo em 2013, perderam relevância ao longo destes 25 anos. Além disso, o setor do Gás, eletricidade e água veio juntar-se aos que têm mais peso no ranking. As maiores transformações aconteceram ao nível do emprego. As indústrias transformadoras, que eram, de longe, o setor que mais empregava entre as 500 M&M, perdeu peso e a primeira posição para os serviços. Foi também ultrapassado pelo setor retalhista, caindo para o terceiro posto.
14
SE OBSERVOU UMA ASCENSÃO DOS SERVIÇOS?
Os serviços são um dos setores que mais relevância ganhou nas maiores empresas nas últimas décadas. Entre 1989 e 2013, o peso do setor nas 500 M&M subiu de 6% para 11% em termos de número de empresas, passou de 4% para 7% em termos de volume de negócios, e aumentou de 5% para 24% em termos de emprego. Os serviços tornaram-se mesmo no maior empregador das 500 M&M, em resultado do aumento do número de empresas no ranking e do incremento da dimensão média das companhias (fruto, em parte, da ascensão das empresas de outsourcing ). Sinal desta evolução, o número médio de empregados por empresa do setor na lista das 500 M&M cresce de 714 em 1989, para 1759 em 2013.
15
AS TELECOMUNICAÇÕES REFORÇAM PRESENÇA NAS MAIORES EMPRESAS?
O setor das telecomunicações ganhou relevância entre as maiores empresas nas últimas décadas. Entre 1989 e 2013, o setor ganhou peso no ranking tanto em termos de número de empresas (passou de 1% do total para 3%), como do volume de negócios (subiu de 2% para 5%) e do emprego (passou de 3%) para 4%. O aumento, ainda que ligeiro, da relevância no emprego das 500 M&M acontece apesar de o número médio de trabalhadores por empresa do setor no ranking ter caído de 3402 pessoas em 1989, para 1077 pessoas em 2013.
16
AS GRANDES SUPERFÍCIES MULTIPLICAM A RELEVÂNCIA DO RETALHO NOS NÚMEROS DE EMPREGO?
O setor do retalho foi um dos setores que maiores transformações passou em Portugal nas últimas décadas e as edições históricas das 500 Maiores & Melhores Empresas em Portugal (500 M&M), ilustram essas mudanças. O peso do setor nas 500 M&M mantém-se estável entre 1989 e 2013 em termos de volume de negócios e de número de empresas, nos 14% e nos 12% (desce muito ligeiramente para 11%), respetivamente. Mas, no que toca ao emprego, o setor passa de apenas 6% do total em 1989, para 23% em 2013, tornando-se no segundo maior empregador das 500 M&M. Muito por causa da ascensão das grandes superfícies: o número médio de empregados por empresa do setor no ranking passou de 410 pessoas em 1989, para 1598 pessoas em 2013.
17
O SETOR GROSSISTA PERDE PESO ENTRE AS 500 M&M?
O setor grossista é, desde 1989, o segundo mais relevante nas 500 Maiores & Melhores Empresas em Portugal (500 M&M), em número de empresas e volume de negócios. Mas, tem vindo a perder peso no ranking. Em número de empresas desceu de 26% do total, para 22% e no volume de negócios diminuiu de 22%, para 19%, nesse período. É no emprego que mais se nota a perda de relevância do setor grossista. Em 1989 era o terceiro maior empregador das 500 M&M, com 13% do total de empregados. Em 2013, representava apenas 4%. O número médio de funcionários por empresa do setor baixou de 403 pessoas em 1989, para 151 pessoas em 2013.
18
O SETOR DOS TRANSPORTES TEM CADA VEZ MAIS EMPRESAS ENTRE AS MAIORES, MAS PERDE PESO NO EMPREGO?
O setor dos transportes aumentou em 1,7 vezes a sua representatividade em termos de número de empresas nas 500 Maiores & Melhores, entre 1989 e 2013, passando de 19 companhias no ranking, para 32. Contudo, o seu peso no volume de negócios total manteve-se estável (6%) e a relevância do setor no emprego das 500 M&M caiu para metade, passando de 20% do total para 10%. Números que apontam para mais empresas, mas de menor dimensão.
19
O SETOR DE GÁS, ELETRICIDADE E ÁGUA JUNTA-SE AOS SETORES MAIS IMPORTANTES DOS ÚLTIMOS 25 ANOS?
O setor do Gás, eletricidade e água foi um dos que mais relevância ganhou entre as maiores empresas do país nos últimos 25 anos entre as 500 M&M. O setor aumentou a sua relevância no ranking em termos de número de empresas (passa de 1% do total em 1989 para 6% em 2013) e, sobretudo, em termos do volume de negócios. Entre 1989 e 2013, o setor mais do que duplicou o seu peso no volume de negócios das 500 M&M, passando de 6% do total, para 14%.
20
A CONSTRUÇÃO VIVE O SEU APOGEU ENTRE 2000 E 2009?
Ao longo dos últimos 25 anos, o setor da construção viveu o seu apogeu entre 2000 e 2009, mostram as edições históricas das 500 Maiores & Melhores Empresas em Portugal (500 M&M), a publicação da Revista Exame que distingue as maiores e melhores empresas no país. Nesse período, o setor chegou a representar entre 10% e 13% das empresas do ranking, bem acima de 1989 (7%) e de 2013 (5%). O volume de negócios e o emprego mostram a mesma tendência. Entre 2003 e 2006 e em 2009, a construção representou entre 8% e 9% das vendas das 500 M&M, o que compara com 6% em 1989 e 4% em 2013. No emprego, em 1989 o setor representava 9% do ranking, subiu até aos 11% a 12% entre 2000 e 2009 e ficou nos 7% em 2013.
21
AS INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS VOLTAM A GANHAR RELEVÂNCIA DURANTE A CRISE?
As indústrias transformadoras eram o setor mais relevante nas 500 M&M, e mantêm-se em 2013 como o mais importante em número de empresas e volume de negócios e o terceiro em termos de emprego. Mas, perdem relevância: as empresas do setor na lista das 500 M&M representavam 36% do volume do volume de negócios do ranking em 1989 e apenas 25% em 2009. A partir desse ano, contudo, o setor recomeça a ganhar relevância no ranking, num período que coincide com a crise económica e financeira do país, chegando aos 31% das vendas das 500 M&M em 2013.
22
DURANTE ESTES 25 ANOS, HOUVE 27 EMPRESAS QUE SE QUALIFICARAM PARA TODOS OS RANKINGS?
Nas 25 edições das 500 Maiores & Melhores Empresas em Portugal, há 27 empresas que se qualificaram para todos os rankings, estando todos os anos presentes nesta lista. De entre estas, 11 empresas já venceram pelo menos uma vez o prémio de melhor do seu setor. E duas delas – a Celulose da Beira Industrial (Celbi) e a Ferpinta-Indústrias de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira – já arrebataram pelo menos uma vez o galardão de melhor empresa do ano.
23
SABIA QUE APÓS A PRIMEIRA EDIÇÃO FORAM CONSTITUÍDAS 641 ENTIDADES QUE FIZERAM PARTE DO RANKING?
Após a primeira edição (1990, com base nos dados de 1989) das 500 Maiores & Melhores Empresas em Portugal, foram constituídas 641 entidades que entretanto também já fizeram parte desta publicação. Na sua maioria, trata-se de sociedades anónimas (66%), seguidas de sociedades por quotas (17%). Em termos setoriais, lideram os serviços, com 113 entidades constituídas (18%), com o comércio por grosso na segunda posição, com 47 entidades (7%). Do total de entidades constituídas, 493 (77%) estão ainda ativas, sinalizando a longevidade e resistência das maiores empresas no país. Já 79 foram incorporadas noutras entidades (12%), 37 estão encerradas (6%), 21 declararam insolvência (3%) e 11 não têm atividade (2%).
24
1753 EMPRESAS JÁ MARCARAM PRESENÇA NO RANKING DAS 500 MAIORES & MELHORES EMPRESAS EM PORTUGAL?
Em 25 anos de publicação, existem referências a 12 500 empresas no ranking das 500 Maiores & Melhores Empresas em Portugal. Mas naturalmente a taxa de repetição é elevada, com 1753 empresas a serem referidas pelo menos uma vez desde 1989. Destas 1753 empresas, 70% mantêm-se atualmente em atividade; 13% foram incorporadas noutras empresas; 9% foram entretanto encerradas, 4% estão insolventes e 3% encontram-se sem atividade.
25
O RANKING DAS 500 MAIORES E MELHORES CELEBRA ESTE ANO A SUA 25ª EDIÇÃO?
Ao longo destas 25 edições do ranking que ganharam corpo na revista Exame, foram muitas as empresas que ocuparam posições no ranking. Elas são as protagonistas desta iniciativa que resulta de uma parceria da Exame, da Deloitte e da Informa D&B e Sic Notícias.
Fonte : Revista EXAME / Expresso Diário
SABIA QUE…
KNOWLEDGE PARTNERS