Gerir em tempos de crise não é novidade na LeasePlan Portugal. Na empresa de renting e gestão de frotas automóveis essa é a realidade desde final de 2008. “Uma das características do renting prende-se com a necessidade de escoar os veículos usados no final do contrato. Como o crédito passou a estar indisponível, o mercado de usados caiu brutalmente”, explica António Oliveira Martins, diretor-geral da LeasePlan Portugal. A empresa respondeu propondo aos clientes a extensão dos contratos, para ter menos usados para escoar. “Como é uma forma de reduzir custos, foi muito bem aceite pelos clientes”. Seguiu-se um período de recuperação do mercado, mas, a partir do final de 2011, a queda foi ainda maior. Para além do escoamento dos usados, a LeasePlan passou a enfrentar outro problema: a redução de frotas das médias e grandes empresas, os clientes tradicionais, levou à redução do negócio.
O mercado do renting em Portugal está a cair cerca de 35%. Contudo, a LeasePlan continua a crescer, ganhando quota de mercado. O segredo? Adquiriu uma empresa concorrente, a Multirent, ao banco Santander e ao grupo SAG, para obter economias de escala fundamentais neste negócio, criou um departamento para aconselhar os clientes e apostou nos segmentos de PME e particulares, lançando uma plataforma online sob a marca LeasePlan Go. “Estamos a semear em tempos de crise para depois colher”, assegura o gestor. O objetivo é regressar aos resultados positivos já em 2013, depois de estarem no vermelho em 2011 e 2012.
Este artigo é parte integrante da edição 345 da Revista EXAME