Sabe que os antigos Romanos – e, com eles, os nossos antepassados “portugueses” de há dois mil anos – iam todos os dias aos banhos públicos? Que muitas cidades do nosso território possuíam então imponentes teatros e anfiteatros? Que Bracara Augusta (a atual Braga) era maior e mais importante do que Lisboa? Que Troia, em frente de Setúbal, era um importante centro de fabrico de conservas de peixe exportadas para os quatro cantos do mundo conhecido? Que no Sotavento algarvio se erguia uma vasta cidade chamada Balsa? E isto tudo um bom milénio antes de D. Afonso Henriques ter nascido, quando Portugal ainda não existia como entidade política mas quando, evidentemente, já era habitado por mulheres, homens e crianças – por sinal mais “civilizados” na aceção corrente do termo do que os contemporâneos do nosso primeiro rei.
Pois bem: estas e muitas outras revelações – chamemos-lhes assim, pois embora não se trate de novidades são sem dúvida realidades bastante esquecidas – são feitas no número 17 da VISÃO História, posto à venda a partir de 27 de setembro, inteiramente dedicado ao Portugal Romano.
Se não encontrar a VISÃO História na banca, pode encomendá-la através do telefone 707 200 350, contacto telefónico através do qual também é possível fazer uma assinatura da revista, ou em www.assineja.pt.
SUMÁRIO da edição nº 17 da VISÃO História
IMAGENS
– Bracara Augusta
– Forum de Conimbriga
– Teatro Romano de Lisboa
INTRODUÇÃO
– Roma mal amada
Nem sempre se vê na civilização romana o molde do Ocidente que realmente foi – incluindo Portugal
– Mapa: O Império Romano na sua máxima extensão
CRONOLOGIA
– Ascensão e queda de Roma
A CHEGADA
– O ‘Portugal’ que os romanos vieram encontrar
Vieram encontrar os cartagineses mas, expulsos estes, jamais manifestaram intenção de retirar
– Os povos ibéricos
Uma cultura mediterrânica mais requintada no Sul, montanheses com hábitos de “ferocidade e selvajaria” a norte – eis a geografia humana peninsular da época
– A conquista da Lusitânia
Ao contrário do que normalmente se julga, o conflito não se travou em território ‘português’ e terá chegado ao Norte de África
– Quando a Hispânia se tornou romana
Como os povos peninsulares assimilaram a cultura dos conquistadores e se fundiram com eles
– A vida nos castros do Norte
Os cinco mil povoados identificados atestam uma cultura original no Noroeste peninsular pré-romano
– As cidades do Sul
A área meridional do território português na era pré-romana era um espaço tipicamente mediterrânico
A CIVILIZAÇÃO
– As cidades
Embora houvesse vários tipos de aglomerados urbanos, o seu esquema era sempre semelhante – toda a gente ouviu falar do forum, dos anfiteatros ou das termas
– Retrato do mundo rural
As villas eram as mais prestigiadas modalidades de ocupação dos campos, mas havia outras, de que hoje pouco se fala
– Todos os caminhos vão dar a Roma
As estradas romanas são um dos emblemas da presença dos conquistadores latinos
– As termas e os banhos de cada dia
A água e o aproveitamento dos recursos hídricos foram uma das chaves do sucesso e da originalidade da civilização romana
– Uma economia paradoxal
Uma mescla de ‘subdesenvolvimento’ e ‘modernidade’ constitui a mais saliente marca da economia romana
– A primeira ‘moeda única’
O ‘euro’ de há 2 mil anos era um sistema bimetalista assente no aureus de ouro e no denarius de prata
– Em nome dos deuses
A aceitação das divindades locais pelos Romanos era também política, pois sabiam que as crenças religiosas comandavam a vida das pessoas
– A literacia latina
O latim impôs-se como instrumento de comunicação entre vencedores e vencidos
OS LOCAIS
– Conimbriga, uma cidade única
Apesar do lugar que, com toda a justiça, desempenha no imaginário português, não se trata de uma cidade tipicamente romana
– A grande Bracara Augusta
Coração de uma zona densamente povoada e rica em recursos, foi capital de convento jurídico e atraiu emigrantes de outras áreas peninsulares
– As três villae de São Cucufate
É relativamente recente a descoberta deste tesouro arquitetónico romano
– A grande fábrica de Troia
As ruínas romanas de Troia foram um grande complexo de produção de salgas de peixe, o maior que se conhece da época romana
– Chaves das águas medicinais
As termas da cidade são das mais bem conservadas do império e a sua ponte um monumento importante
– Um Algarve cosmopolita
Inicialmente desprezada em benefício da Bética, a região a oeste do Guadiana acabaria por ter uma integração plena no Império e na sua economia
– Um breve roteiro
CRÓNICA
– Mário de Carvalho Rota tu volubilis