Manuela Niza Ribeiro

Migrações
Igualmente desiguais

Refugiados do clima

Marrocos (com cerca de três mil mortos) e a Líbia (com o esmagador número que pode chegar aos 25 mil) irão enfrentar um inverno que fustigará os sobreviventes e os arremessará rumo ao desconhecido, na esperança de sobreviver

Igualmente desiguais

Quo vadis, Europa?

A Ucrânia insiste em ser aceite no clube europeu. Para já, o argumento tem sido o facto do país se encontrar em guerra, não tendo definidas e apaziguadas as suas fronteiras. Mas... e no day after que critérios e requisitos serão exigidos?

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Um rio em chamas

Esta é ainda hoje uma das fronteiras mais procuradas por aqueles que tentam chegar à Europa vindos da Turquia. Muitos deles escaparam aos campos de refugiados turcos. Outros não conseguiram lugar nesses mesmos campos

Igualmente desiguais

Depois de mim, o caos

A questão dos jovens que terão usado o visto obtido para participarem nas Jornadas Mundiais da Juventude com o objetivo de poderem permanecer em Portugal, é uma dessas notícias que, embora não sejam falsas, são suscetíveis de assumir dimensões de verdade de acordo com a vontade de quem as coloca a circular

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A guerra foi a banhos

Tal como no xadrez, a estratégia não é atacar diretamente a Europa, mas minar os seus alicerces de forma consecutiva e um dos primeiros e imediatos é fragilizar o apoio da opinião pública ao esforço de guerra que tem vindo a sustentar a Ucrânia

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Este mundo não é para jovens

Tenho uma enorme admiração por este Papa e considero que a existência dum momento que envolva a juventude de todo o mundo em paz, fraternidade e comunhão é, a todos os níveis, de saudar

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São as pessoas, estúpido

Não houve ninguém que não visse e se chocasse com a imagem do menino morto à beira mar, depois dum dos vários naufrágios no Mediterrâneo. Dele já poucos lembram o nome e, da imagem, ficou apenas o vermelho da t-shirt que usava. Para trás ficou a empatia com o pai da criança, o horror do “peixinho inocente” dado à costa, a indignação sobre o que se passa no mar da morte

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Sem saída

Todo o clima de medo e de confronto latente é, em bom rigor e objetivamente, fomentado em grande parte pela indústria do armamento. Ela é a grande vencedora de todas as guerras e estas são, desde sempre, o maior e mais proveitoso negócio

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Tráfico de órgãos: e se...?

Trata-se de situações que a todos, realmente a todos, deveriam envergonhar. Que um homem ou uma mulher tenha que vender um pedaço do seu corpo para poder sobreviver ou manter vivos os seus é o limite do desumanismo

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A cavalgada dos nibelungos

A confirmação da guerra como o mais vantajoso negócio dos nossos dias, levada a cabo, já não por exércitos sujeitos a normas internacionais, mas por milícias ao serviço de quem mais paga, faz aumentar o clima de insegurança global

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Dia Mundial do Refugiado: a efeméride da nossa vergonha

Em bom rigor todo o imigrante irregular é um refugiado: fugir da fome, da perseguição, dum horizonte sem futuro ou da guerra em última análise é fugir da morte certa

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Do sonho ao pesadelo

Daí que se torna necessário que a política de imigração seja consequente, baseada em regras claras, com possibilidades de mobilidade mais adequadas aos tempos que correm e com o mínimo de burocracia sem descurar a segurança

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A jangada europeia

É assim que sinto esta União Europeia. Um conjunto de países com interesses tão díspares e em alguns casos tão antagónicos, que a deriva é mais do que a de uma jangada: é um ralo de água putrefacta em redemoinho para a sarjeta

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Terra de ninguém: o cemitério às portas da Europa

O argumento de Pilatos já não colhe nem iliba da quota de culpa que a Europa e os Estados Unidos da América têm neste estado de coisas. Não são, de todo, os únicos culpados. Mas a sua política externa não está inocente no desespero destes milhões de pessoas

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Beirute à beira de um ataque de nervos

Num momento em que o Líbano enfrenta a maior crise económica de sempre, perante um sistema financeiro destruído e dependente da ajuda externa, esta sobrepopulação tornou-se num fardo demasiado pesado que nem a população nem o Estado querem continuar a assumir. O clima de animosidade estende-se à Organização das Nações Unidas e às suas agências que ali atuam

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Crise?? Qual crise???

Temos às portas da Europa cerca de um milhão e meio de migrantes. Tal como ele partilho a ideia de que são todos refugiados. Todos fogem à morte, seja ela devido a guerra ou perseguição, seja a lenta agonia da fome, da falta de futuro, da falta de apoio médico, da falta de tudo. Qual de nós ficaria impávido se nada tivesse?

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Ventos do Sudão

Num dos últimos Conselhos Europeus, foi aprovado o orçamento para construção de muros nas principais fronteiras. O assunto passou quase despercebido, mas os mais atentos reagiram de imediato perante uma Europa fortaleza

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A paz, o pão, habitação...

Há que fazer uma discriminação positiva por forma a proteger os cidadãos portugueses e os que nos procuram em busca dum futuro que fica comprometido pela impossibilidade de ter uma habitação condigna

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Este mundo não é para jovens

Se dúvidas houvesse relativamente à pertinência da decisão do Tribunal Internacional ao emitir um mandato de captura contra o Sr. Putin e a sua Comissária para os Direitos das Crianças por deportação forçada de menores ucranianos para a Rússia, estas foram desfeitas após a entrega, esta semana, de 31 menores às respetivas famílias

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O que é a verdade?

No afã do nanossegundo, do escândalo, do sangue e das lágrimas, montámos um verdadeiro tribunal popular onde todos somos juízes, defesa e acusação, a maior parte das vezes sem um contraditório na mesma medida da acusação

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Vampirismo político

Como seria de esperar, houve logo quem tentasse retirar dividendos da dor alheia, alertando para o perigo terrorista associado à vaga de imigrantes e refugiados. Sempre disse que conjugar na mesma frase “terrorista” com “refugiado” era uma falacia mortal, com a xenofobia e a intolerância como únicos objetivos