Um homem que não sabia ser cabrão
Era um homem sério, um jornalista empenhado e intransigente. Sabia o que era ser e fazer jornalismo. Não era um desses modernos produtos, especialistas em Comunicação. Não. Ele era um homem dos jornais e do jornalismo
Os diretores saltitantes e a morte da credibilidade
Quem confunde comunicar com informar, não gosta de jornalistas defensores da ética e das preocupações da profissão. Querem comunicadores, os outros são empecilhos
A temperatura não vai baixar
A rentrée não chega auspiciosa para António Costa. Os seus parceiros demarcam-se sempre que podem, mas ele lá se vai contendo, inibindo-se de responder à letra
Enquanto não for negócio...
Até dia 12 tinham ardido 101,9 mil hectares em Portugal contra 24 mil em Espanha, 28,3 mil em Itália e 18,7 mil na Grécia. Então o problema não é a bacia do Mediterrâneo, nem o CO2 pode estar particularmente contra nós
A viajar aprende-se muito
Os que recusam as ofertas são a prova viva de que não é necessária muita reflexão para se perceber que não há almoços grátis
Erros que ninguém paga, mas que custam muito
Não vale o argumento de que a Justiça é feita por homens. É que ela também é praticada contra ou a favor de (outros) homens. Os erros da Justiça ninguém paga, mas há quem os sofra
Andamos muito depressa
Vivemos uma fase de falar, decidir e fazer antes de pensar. Vamos depressa. Mas para onde?
Angústias para férias
Porque não têm os governos a humildade de dizer que pouco podem fazer face ao centro da Europa? Quando quem decide não está sujeito a votos, a angústia aumenta
Melhor é experimentá-lo
É preciso perceber o mal que se causa e como sofre quem foi atingido para melhor entender o erro cometido; e é bom conhecer o que leva alguém à maldade, antes de proferir discursos implacáveis
Na Justiça como no futebol
A democracia aprofundou-se, aconteceu uma dessacralização dos poderosos e a opinião pública está hoje mais exigente e atenta
Os aprendizes de feiticeiro
Vive-se num laboratório de experiências sociais, políticas e económicas. O Brexit é um bom exemplo: são tantos os que defendem que a desagregação da Europa é agora inexorável como os que dizem que surgiu a oportunidade ideal para a refundar
Quando a discussão não cabe no Twitter
A questão é que sucessos como o do bebé de São José antecipam a ciência ao pensamento consolidado
Como Costa cuida bem da sua saúde
O aviso está feito: num futuro próximo, só haverá contratos com hospitais privados quando os públicos forem insuficientes
Perguntas que valem milhões, mas para nada servem
Assis pode estar completamente errado. Sabe-se que no PS terá poucos apoios, mas defendeu aquilo em que acredita. Não hesitou em ser o grilo falante
Pagar para ver
Se há políticos que sabem até onde podem ser levadas piadas e recados, e como devem ser recebidos, os experientes Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa estão, seguramente, entre eles
Falha a pontaria, resiste o alvo
É mais fácil unir a esquerda em defesa do ensino público do que do Serviço Nacional de Saúde. Os seguros e ADSE dessacralizaram o acesso aos hospitais privados, mas nada abriu os colégios ao povo
Quando a graça acabar
O Presidente caiu em graça e é engraçado. Ninguém confronta ninguém com as indiretas ou recados de Marcelo Rebelo de Sousa, e ninguém lhe pede contas pelo que diz