Os Jogos Olímpicos de Paris, que se realizam no próximo verão, vão ter uma atração suplementar. Nada que ver com uma nova modalidade desportiva, mas antes com uma aeronave que é uma mistura de drone e helicóptero, com propulsão elétrica, e que transportará passageiros, sobre os engarrafamentos rodoviários lá em baixo, dos aeroportos Charles de Gaulle e Le Bourget para o centro da capital francesa. Habitue-se, pois, a esta sigla: EVTOL. Traduzida do inglês, quer dizer aeronave de descolagem e aterragem vertical, sendo o “E”, claro, relativo às baterias que servem de motores.
Desenganem-se, porém, os visionários que já anteveem “carros voadores”, ao estilo dos que aparecem em filmes como Blade Runner ou O Quinto Elemento, a sobrevoar Paris dentro de poucos meses. Os EVTOL, que vão operar como táxis aéreos entre aqueles aeroportos e o “vertiporto” (designação do local de aterragem e descolagem destas máquinas), situado junto à gare de Austerlitz, terão um piloto profissional a bordo. Ainda não será desta que se estreiam, em operação comercial, os EVTOL de condução autónoma (leia-se pilotagem remota). Mas para aí se caminha.