São imagens a que, apesar de tudo, não estamos habituados. Autocarros, automóveis e caixotes do lixo a arder, bairros fechados pelas autoridades, alta tensão e escaramuças nas ruas. Tudo o que aconteceu nas últimas noites no concelho da Amadora (sobretudo bairro do Zambujal e Cova da Moura) e de Oeiras (Portela de Carnaxide, onde um autocarro foi incendiado) resulta de um grande sentimento de injustiça que foi alastrando desde a madrugada de segunda-feira, quando Odair Moniz, 43 anos, foi alvejado por forças policiais (vindo a morrer horas depois no Hospital de São Francisco Xavier). No bairro onde este cozinheiro de origem cabo-verdiana vivia, o Zambujal, todos falam de um homem pacato e pouco dado a confusões.
Está por apurar o que realmente aconteceu e há, naturalmente, uma investigação em curso. Mas há alguns padrões que se repetem. Num primeiro momento, as autoridades falaram de perseguição a alguém que estava num carro furtado, mas rapidamente se percebeu que não foi esse o caso.
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