O destino da guerra na Ucrânia ficou traçado em Vilnius, após a cimeira da NATO: se Putin aposta numa guerra longa, capaz de desgastar a unidade dos aliados, então é isso que vai ter – durante todo o tempo que for preciso. É essa a conclusão principal que se pode tirar dos encontros e declarações dos líderes do bloco ocidental, que esfriaram as intenções de Kiev para uma adesão rápida à Aliança Atlântica, mas que se comprometeram, no entanto, em apoiar a defesa da Ucrânia para “qualquer ataque futuro”. O objetivo é simples e, de certa maneira também um pouco cínico: os aliados estão dispostos a apoiar a Ucrânia todo o tempo que for necessário, mas querem continuar a evitar, ao máximo, que o conflito se transforme numa guerra mundial. Ou seja: é preferível uma guerra longa na Ucrânia do que uma guerra – que seria rápida e devastadora – a nível global. Por isso, nada mais resta aos ucranianos do que continuarem a resistir… sabe-se lá até quando.
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