Todas as tragédias clássicas têm um fim grandioso. A Comissão Parlamentar de Inquérito da TAP, a tragédia política lusitana que se desenrola à vista de todos desde o final de março, não é exceção: chega esta semana ao final com um epílogo, ou desenlace, com elevado nível de comoção e de encenação: é a vez de Hugo Mendes, Pedro Nuno Santos e Fernando Medina prestarem declarações.
Ao todo, serão 46 as personalidades ouvidas nesta comissão e muita coisa se foi sabendo pelo caminho sobre o modus faciendi na gestão da coisa pública dentro dos gabinetes governamentais: a leveza, a displicência e até a incompetência saltam à vista. Sintomas que contribuem para a crescente erosão da imagem das instituições democráticas.