Quando, a 06 de Janeiro de 2021, a população já se concentrava em alvoroço perto do Capitólio, Donald Trump tinha uma de duas hipóteses: ou falava de forma dúbia e incitava à continuação da violência, ou apelava a que cessassem de imediato os protestos e mandava todos para casa. Como se sabe, escolheu a primeira. “Eu sei que todos aqui em breve estarão a marchar até o prédio do Capitólio para fazer suas vozes serem ouvidas de forma pacífica e patriótica”, afirmou nesse dia, dizendo também que é “uma grande honra ter centenas de milhares de patriotas americanos comprometidos com a honestidade de nossas eleições e a integridade de nossa gloriosa república”. Resumiu: “Nunca vamos desistir, nunca vamos ceder. Isso não acontece. Não se concede quando há roubo envolvido”.
Acalentada, a turba de indignados com o resultado das eleições avançou pelas escadarias, deitou abaixo barricadas, rebentou com portas e janelas e violou a casa da democracia americana, morrendo 5 pessoas durante os protestos. Hoje, Trump está a ser julgado por isso.