(Não) temos pena, mas vai ter de ser mais do mesmo: Mamona. Patrícia Mamona. Bem sei que, desde ontem, pela hora de almoço, que não se fala de outra coisa. Mas, do ponto de vista que proponho ao leitor, nem é bem da medalha de prata que se trata. Do que se trata é das circunstâncias. Do que se trata é de classe. Do que se trata é da essência de campeã – e do profissionalismo concentrado no momento olímpico. Repare bem: Patrícia ganha a medalha de prata numa competição em que o recorde do Mundo é batido. Logo aqui, prata dourada, portanto. Depois, numa única prova, e em seis triplos saltos para a História, Patrícia Mamona iguala uma vez o seu próprio recorde nacional (14,66m) e, noutras três tentativas, pulveriza-o: 14,87 (igualando a marca da medalhada de bronze, a espanhola Anna Peleteiro…), 14,91m e 15,01m. Ou seja, nas palavras da própria campeã portuguesa, ela passou a pertencer ao restrito “clube dos 15 metros” – veja aqui as 15 imagens desses incríveis 15 metros.
Este desempenho – um recorde nacional batido por três vezes – indica-nos o quê (e este é o ponto onde queremos chegar)?