“Saber que estou a contribuir para ajudar uma família que não tem casa dá um sentido ainda maior à aventura.” É este sentido de missão que dá força às pernas de Pedro Queirós, 35 anos, que começou esta semana uma caminhada entre o Taj Mahal, na Índia, e a capital do Nepal, Catmandu. O objetivo, diz à VISÃO, já em plena viagem, é conseguir apoios financeiros – dez mil euros – para ajudar uma das famílias nepalesas afetadas pelo terramoto de 25 de abril de 2015, e que tem estado a viver em tendas desde a tragédia ( que matou quase dez mil pessoas).
A ligação solidária de Pedro com o Nepal não é de hoje. O português estava de férias em Catmandu quando se deu o sismo, juntamente com o amigo Lourenço Macedo Santos, e desde o primeiro minuto que começaram a ajudar a população, comprando e distribuindo mantimentos, roupa e medicamentos, pedindo e canalizando, depois, doações de Portugal. O movimento cresceu e acabaria por dar origem à associação Obrigado Portugal.
Pedro teve esta nova ideia há 15 dias. O espiríto aventureiro chamou-o para uma nova caminhada e, juntando a causa humanitária, partiu numa viagem de mochila às costas, que espera concluir entre 40 e 50 dias – com uma média de 25 quilómetros caminhados por dia.
Em apenas três dias, já foram doados mil euros, através do site (a aventura também pode ser seguida pela página de Pedro Queirós no Facebook ou pelo Instagram, pela hashtag #1200kmswalk).
“As reações têm sido positivas e dão muita força para continuar. Se não fosse pelo apoio das pessoas nas redes sociais, dificilmente conseguiria continuar”, diz Pedro.