As áreas da inclusão social, educação e saúde vão contar com um apoio de mais de 2 milhões de euros por parte da Fundação EDP, valores que levam o primeiro-ministro a “dirigir uma palavra de grande gratidão àqueles que acrescentam muita energia ao país no desenvolvimento destes projetos sociais”.
O primeiro-ministro chegou ao Museu da Eletricidade num carro elétrico, o que lhe valeu ainda uma congratulação de António Mexia, presidente executivo da EDP. Na sua intervenção, o antigo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações sublinhou ainda o “marco estruturante” que representa o programa EDP Solidária e a sua “eficácia indiscutível”. António Mexia salientou o impacto do financiamento em projetos com comunidades vulneráveis, distinguindo entre “pôr dinheiro e ficar com a consciência tranquila” e “colocar dinheiro de uma forma que muda a realidade”.
Este ano, na área da saúde, a “realidade” apoiada será a dos cuidados paliativos de adultos, serviços que terão remodelações ou novos equipamentos. À VISÃO, Miguel Coutinho explicou que essa aposta não está associada aos últimos debates sobre a eutanásia. O diretor da Fundação assegurou que, em conversas com o Ministério da Saúde e com a Direção-Geral de Saúde (DGS), se tentou “perceber onde é que estão as maiores fragilidades do Serviço Nacional de Saúde” e constatou-se que “os cuidados paliativos para adultos eram um tema muito crítico e onde havia muitas necessidades”.
A propósito da prioridade dada à saúde e educação como áreas estruturantes do programa, alteração que aconteceu no ano passado, Miguel Coutinho esclarece que “resolveram abrir o programa face à crise económica que assolou o país” e ao detetar “que eram áreas que o Estado não conseguia por si só responder e o grupo e a Fundação EDP acharam que tinham a responsabilidade social de intervir”. O diretor realçou que se trata do “maior programa de investimento social em Portugal” e referiu que receberam propostas no valor de 37 milhões. “Isto mostra a necessidade que existe no país e também revela que nós estávamos certos ao apostar nestas áreas”, disse.
No que aos refugiados diz respeito, Miguel Coutinho não pôs de parte a hipótese de apoiar um projeto que os envolva: “Nós somos financiadores e membros da PAR (Plataforma de Apoio aos Refugiados). É um projeto que temos também na área social, que não tem a ver com o programa EDP Solidária, o que não quer dizer que não haja uma organização que nos apresente este ano um projeto que possamos apoiar”. As candidaturas dos projetos, relacionados com a inclusão social, decorrem entre 2 e 15 de maio e na área da saúde de 27 de junho a 17 de julho.