O filme realizado por Francisco Manso e João Corrêa será exibido seis vezes, durante três dias, através de uma produtora especializada em cinema independente, a SPIA Media Productions Inc e tem estreia agendada para sexta-feira, 25 de março.
“O Cônsul de Bordéus” é protagonizado por Vítor Norte, no papel de Aristides de Sousa Mendes, o diplomata português que, à revelia de Oliveira Salazar, o presidente do governo da ditadura, atribuiu cerca de trinta mil vistos a refugiados perseguidos pelo regime nazi, em 1940.
O filme centra-se precisamente neste período, nos dias de junho de 1940, durante os quais o antigo cônsul ajudou milhares de judeus e refugiados a viajarem para Portugal e, daí, para diferentes países, sobretudo Estados Unidos.
O filme conjuga ainda o percurso de Sousa Mendes com a história ficcionada de um refugiado que se transformou num maestro de sucesso.
“Se temos algum herói moderno é Aristides de Sousa Mendes, uma personalidade fascinante, que foi esquecido por razões políticas e por laxismo nacional”, disse à Lusa o realizador Francisco Manso, quando iniciou a rodagem do filme, em Viana do Castelo.
O argumento é assinado pelo escritor António Torrado e por João Nunes. O orçamento rondou três milhões de euros e a produção é partilhada por Portugal, Espanha e Bélgica.
Do elenco fazem parte ainda atores como Carlos Paulo, no papel do rabino Chaim Kruger, que dirigia uma sinagoga em Bordéus, Leonor Seixas, Laura Roveral e Pedro Cunha.
Em 2012 e nos anos seguintes, o filme foi exibido na Semana de Cinema Português de Israel (Telavive), competiu no Festival de Lucerna, na Suíça, e foi o filme de abertura do festival Internacional de Cinema de Goa, na Índia, e do Festival Internacional de Cinema de Muscat, em Omã.
Estreado comercialmente em Portugal em novembro de 2012, somou 55 mil espetadores, de acordo com os dados estatísticos do Instituto do Cinema e do Audiovisual.