O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, tinha revelado, na segunda-feira passada, que o centro de acolhimento temporário para refugiados da capital iria receber sete pessoas, de um “contingente de cerca de 30 pessoas que chegarão a Portugal” esta semana.
Fonte do gabinete da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, precisou à agência Lusa serem 37 requerentes de proteção internacional que vão chegar a Portugal, ao abrigo do mecanismo europeu de recolocação.
Na cimeira de chefes de Estado e do Governo da UE do mês passado, em Bruxelas, o primeiro-ministro português, António Costa, afirmou que a disponibilidade manifestada por Portugal para partilhar o esforço na recolocação de refugiados, também a nível bilateral, visa “dar o exemplo da atitude que todos os Estados-membros devem ter”.
Portugal tem feito “um levantamento por áreas” e poderá receber mais 6.000 refugiados, acrescentou.
Ao abrigo do mecanismo europeu, acordado em setembro, Portugal disponibilizou-se para receber 4.486 refugiados: 4.295 pessoas recolocadas e 191 pessoas reinstaladas (provenientes de países fora da UE).
“Até abril temos 500 vagas, até julho temos mil e, a partir de outubro, temos 1.500 vagas nas universidades, temos cerca de mil vagas nos institutos politécnicos, temos cerca de 850 vagas nas escolas profissionais e, no setor agrícola, temos 2.500 lugares já identificados”, especificou.
Segundo os últimos dados divulgados pela Comissão Europeia na terça-feira passada, de um total de 160 mil pessoas a recolocar durante dois anos, foram distribuídas 598, das quais 30 em Portugal.
Recorde a reportagem da VISÃO com a primeira família de refugiados que se instalou em Portugal.