As cantinas sociais foram criadas pelo Governo para apoiar as famílias que não conseguem garantir um mínimo de duas refeições por dia, havendo atualmente mais de 800, que serviram nos primeiros dez meses do ano passado mais de 14 milhões de refeições.
Em declarações à agência Lusa, a propósito do Dia Internacional Para a Erradicação da Pobreza e dos Sem-Abrigo, que se assinalou a 17 de outubro, Fernando Nobre realçou a importância destes equipamentos para complementar o apoio prestado aos mais desfavorecidos pelas instituições de solidariedade social.
As cantinas sociais e as cantinas escolares “foram-se espalhando pelo país e ainda bem, porque senão já teríamos, talvez, atingido a situação tão temida, a chamada explosão da bomba social”, disse o presidente da AMI.
Fernando Nobre explicou que a redução da oferta aliada à “pressão na procura dos alimentos, que tem sido constante”, faz com que as respostas nos 15 equipamentos sociais da AMI espalhados por todo o país “se mantenham sob alta pressão social”.
No ano passado a AMI serviu cerca de 220 mil refeições. “Hoje temos vários engenheiros civis e muitos outros licenciados a beneficiarem dos nossos apoios”, elucidou o responsável, considerando que Portugal está numa “situação preocupante”.
O presidente da Fundação AMI lembrou os mais de dois terços dos agregados familiares que declararam no IRS de 2012 um rendimento anual bruto igual ou inferior a 10 mil euros e os cerca de um milhão de reformados que têm reformas inferiores a 400 euros.