Em declarações à agência Lusa, um dos responsáveis pelo projecto Enforcing Kids explicou que este surge no âmbito de uma cadeira da disciplina de computação móvel, no decorrer de um mestrado. Jorge Santos e Cátia Raminhos estão em mestrados diferentes, ele pelo Instituto de Educação, ela pela Faculdade de Ciências, ambos da Universidade de Lisboa.
“A aplicação está neste momento em fase de testes para pré-distribuição e enquanto essa aplicação está a ser testada para ter uma versão final estável e distribuível estamos a avançar com uma plataforma de informação para esta comunidade, a comunidade do autismo”, adiantou Jorge Santos. Segundo o responsável, a plataforma de informação tem vários níveis de utilização, havendo um que está disponível ao público em geral através das redes sociais Facebook e Twitter.
“Para um público mais especializado, com acesso reservado, temos um blogue que inclui estudos académicos e temos o grupo no Facebook para a partilha de experiências, quer por familiares, quer por terapeutas ou professores”, adiantou. Ainda em relação à aplicação móvel, Jorge Santos revelou que ela irá servir para apoiar o trabalho do terapeuta ou do adulto que acompanhe a criança. “Não digo concretamente qual é a atividade ou conjuntos de atividades ou a forma como nós damos a volta à situação porque o público saberá quando a aplicação sair”, apontou, acrescentando que não há ainda uma data para divulgar a aplicação.
Enquanto a aplicação não sai para o mercado, o projeto Enforcing Kids está na plataforma de informação, criada em finais de Março de 2014 e que, entretanto, chegou já a 33 países.
“Temos neste momento pessoas que acedem à página ou fazem parte do grupo que são da América Latina, entre México, Honduras, Costa Rica, temos depois Espanha, França, Malásia, Argélia, Turquia, Egipto, Brasil”, exemplificou Jorge Santos. O projecto Enforcing Kids é apoiado pelo Departamento de Investigação LaSIGE da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.