O recém-criado Laboratório de Investimento Social (LIS) pretende facilitar a ligação entre projetos de empreendedorismo social e investidores.
O mecanismo proposto pelo LIS implica um contrato entre o Estado e uma entidade gestora, em que os acionistas são investidores sociais. Aos acionistas caberia financiar o projeto, desenvolvido ao longo de três a sete anos, por uma organização social. Se os objetivos do contrato fossem cumpridos, o Estado compensaria os investidores sociais. Caso não fossem cumpridos, os acionistas teriam de assumir o risco de perder o investimento.
O responsável pelo LIS, Filipe Santos, que também é professor na escola de negócios INSEAD e fundador do Instituto de Empreendedorismo Social (de onde emana este novo laboratório), chama-lhe “parcerias público-privadas (PPP) ao contrário”.
Neste momento, já há reuniões marcadas com dois ministérios. O objetivo é ter um ou dois projetos-piloto em curso dentro de um ano. As primeiras áreas de intervenção já estão escolhidas: apoio a ex-reclusos e empregabilidade jovem.
Filipe Santos acredita que também serão canalizados fundos europeus para este setor, através dos quadros comunitários de apoio.
Grandes empresas, fundações ou particulares podem investir nos projetos sociais por um período temporal limitado (de dois ou três anos) de forma a contribuir para a auto sustentabilidade das iniciativas.
O LIS tem o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da britânica Social Finance UK.