O Banco do Tempo, criado há dez anos, propõe o câmbio de horas por serviços. Apesar do pioneirismo, tem apenas 1 700 utilizadores, inscritos nas 32 agências do País. São, por isso, de louvar iniciativas como a que se desenvolve na Escola Primária n.º 1 da Abóbada, com a ajuda da Misericórdia de Cascais.
Desde 2008 que meninos dos 6 aos 10 anos são chamados a inscreverem-se num minibanco do tempo. As trocas dão-se na escola, entre alunos e alguns professores. Há um cartaz onde escrevem o que oferecem e o que procuram, além de cheques (como no Banco do Tempo dos crescidos) e um livro do deve e o haver. A única diferença para a instituição-mãe é que o tempo se mede ao minuto e não à hora.
“A maior di?culdade foi eles decidirem o que pedir ao outro. Mostramos-lhes que não é uma vergonha solicitar ajuda”, conta Sónia Martins, a mentora do projeto. João, 10 anos, é um elemento muito ativo do minibanco. “Ajudei a fazer Legos e plasticina e o professor Tiago ensinou-me a jogar poker.”
A contagem do tempo faz-se com a ajuda de uma ampulheta ou do relógio. As tarefas vão desde recortar, pôr um flme, aprender truques de magia ou afiar um lápis…