“Julián, o rio! O rio! Ficou louco!” (El País, 31 outubro 2024). O grito de desespero desta mulher retrata bem a situação vivida naquela noite na Comunidade Valenciana. Não é por acaso que Valência tem um longo histórico em matéria de cheias e risco, isto é, perdas humanas e danos.
Valência comprova que, perante o mesmo tipo de ocorrência, as consequências em vidas e danos materiais são maiores, porque a intensidade da ocupação do território é cada vez maior. Seja como for, não há memória de tanta chuva em tão pouco tempo.

Mais de 200 mortos e quase dois mil desaparecidos era, seis dias depois das apocalípticas inundações, o balanço provisório da catástrofe. Por baixo do amontoado de destroços ou presas em caves e garagens podem estar mais umas centenas de vítimas. A chuva inclemente alastrou a Barcelona