Um juiz de Marrocos validou a detenção de Fábio Loureiro, um dos cinco reclusos que, no dia 7 de setembro, se evadiram da cadeia de Vale dos Judeus. Recorde-se que a fuga de Fábio Loureiro terminou, no passado domingo, 6, em Tânger, no Norte de Marrocos. O português vai agora ser transferido para a prisão da capital Rabat, a 250 quilómetros.
A sua namorada terá servido de “isco”. A Polícia Judiciária tinha sob vigilância apertada a jovem portuguesa. Na sexta-feira, 4, os alarmes soaram quando ela se pôs a caminho em direção a Espanha. Com a cooperação da polícia espanhola, a PJ seguiu os seus movimentos até Madrid. No Aeroporto Internacional de Barajas, na capital do país vizinho, apanhou um avião para Casablanca. Em Marrocos, seguiu para Tânger. E, sem desconfiar, conduziu a polícia até ao namorado.
“O evadido do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, Fábio Loureiro, foi detido, ontem [dia 6 de outubro], pelas 22h00, em Tânger, pelas autoridades marroquinas, com a colaboração das autoridades espanholas, em estreita articulação com a PJ”, descreveu, em comunicado, a PJ.
Fábio Loureiro terá chegado a Marrocos, via Espanha, com recurso a documentos falsos. Ali, manteve-se escondido na casa de um amigo – que também foi detido –, situada próximo da estação do ferry boat que faz a ligação com Tarifa e Algeciras (Espanha). A companheira de Fábio Loureiro também terá passado a noite de domingo detida, mas foi libertada logo na segunda-feira.
De acordo com as primeiras descrições, Fábio Loureiro está quase “irreconhecível”, de barba cortada, muito mais magro. Não ofereceu resistência quando foi abordado pela polícia. Conhecido como Fábio “Cigano”, este homem foi condenado a 25 anos de prisão pelos crimes de rapto, tráfico de estupefacientes, associação criminosa, roubo à mão armada e evasão.
Portugal vai pedir a sua extradição “para cumprimento de pena” no País, pedido a que Fábio Loureiro se opôs no primeiro interrogatório em Marrocos. No jogo do gato e do rato, Fábio foi o primeiro a cair na ratoeira. Ainda faltam quatro: Fernando Ferreira, Rodolf Lohrmann, Mark Roscaleer e Shergili Farjiani.