Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) esclarece que, ao contrário do que foi noticiado, “não corresponde à verdade que as câmaras de videovigilância, do edifício que sofreu a intrusão, estivessem avariadas ou desligadas, na altura da intrusão, já que estavam a funcionar normalmente e as imagens eram visíveis no respetivo posto de controlo”, apesar de a PSP ter demorado várias horas a detectar a ocorrência.
“Havia uma falha na gravação de imagens que é uma coisa distinta do que vem sendo propalado por várias fontes não fidedignas, mas que não impediram a identificação do suspeito e a sua, agora, detenção”, lê-se.
Segundo o jornal Público, para a identificação do suspeito do crime foram essenciais vídeos feitos pelo pessoal que estava na trabalhar na obra do edifício contíguo por cujos andaimes o homem de 39 anos terá acedido ao local e também as gravações feitas pelas câmaras de segurança de outros prédios à volta.
O MAI adianta ainda que dois oito computadores desaparecidos do edifício na Rua de São Mamede, em Lisboa, assaltado na madrugada de dia 28 de agosto, só dois estavam a uso e que os restantes eram “computadores de reserva/substituição”. Em “ambos os casos, seja nos computadores de reserva/substituição, seja no caso dos dois computadores que estavam a uso, não existiu, nem existe, qualquer risco de acesso a qualquer informação e ou documentos, confidenciais ou não”, acrescenta o comunicado.
Os “computadores furtados eram meros terminais de acesso a informação sediada em servidor e, logo, não acessível apenas com o computador, sem acesso à mesma. Ainda, assim, estes computadores não estavam, nem estiveram, ligados, nem tem acesso, a informação classificada ou de relevância”, segundo o MAI.
Na sequência da investigação, a PSP deteve na segunda-feira um suspeito do assalto, um homem de 39 anos com “um vasto histórico criminal” e que “cumpriu pena de prisão em França, por crimes de igual natureza, evadindo-se daqueles estabelecimentos prisionais e terá regressado a Portugal no início do presente ano, vindo, desde então, segundo está a apurar-se, a praticar ilícitos da mesma natureza”.