Às 21:51 do dia 20 de junho começou o verão, e este durará cerca de 93 dias. Em Portugal, esta estação é conhecida por ser uma época de eleição, além de ser altura das praias, passeios na natureza, piscinas e das férias. Mas a pergunta que se impõe é: quão quente será o verão 2024 em Portugal continental?
Nesta previsão sazonal, Alfredo Graça, geógrafo e especialista do projeto de informação meteorológica Meteored, explica que nos últimos dois anos – 2022 e 2023 – Portugal continental registou dois dos seus seis verões mais quentes desde 1931. E que nesta altura já se tinha testemunhando ondas de calor, algo que este ano não se verificou. O que acontece é que a corrente de jato polar é a responsável pela situação meteorológica que temos vivido nas últimas semanas, permitindo uma grande variabilidade de estados de tempo na nossa geografia.
Ainda assim, “mantém-se a previsão de temperaturas mais quentes do que o normal em Portugal continental no verão 2024, mas haverá exceções“, analisa o especialista.
De acordo com a mais recente atualização do modelo de referência da Meteored, “mantém-se a previsão de um verão mais quente do que o habitual, não só em Portugal continental, Açores e Madeira, mas também em quase todo o resto da Europa”, refere. “No que concerne especificamente a Portugal continental e seus Arquipélagos, a probabilidade da estação estival ser mais quente do que o normal é de 70 a 100%”.
Mas, em exceção, segundo o mapa de previsão de anomalia de temperatura do ECMWF para o trimestre julho, agosto e setembro 2024, constata-se que os distritos de Lisboa, Setúbal, Beja e Faro, total ou parcialmente, registarão valores dentro da média nos próximos três meses, contrariando a tendência de calor intenso do resto do país e da Europa.
Para os principais meses de verão – julho e agosto – os mapas de anomalia de precipitação da Meteored apostam em valores de precipitação dentro da média praticamente de norte a sul de Portugal continental. “Porém, algumas zonas do território poderão constituir exceções durante o mês de agosto, como é o caso das Terras de Barroso e de uma grande parte da geografia do Minho, com previsão de tempo mais seco do que o normal”, analisa Alfredo.