“O Museu da República e da Resistência não se limitará a evocar um passado histórico, esforçar-se-á por reunir condições para o seu conhecimento aprofundado, para o seu estudo, para a integração da contemporaneidade portuguesa no quadro da História Contemporânea, europeia e universal. Não será apenas um ‘museu de recordações políticas’, será um espaço historiográfico, um espaço cultural.” Isto se escreveu há mais de 30 anos em documento no qual se sublinhava ainda competir-lhe “ilustrar pela palavra, pelo documento e pela imagem o que foi a Resistência”, com “complementos audiovisuais dos materiais expostos”, e sendo “vantajoso” promover também outras iniciativas.
Que documento? Já lá irei. Se aqui o revelo, pois nunca foi tornado público, tal se deve a no passado dia 27 ter sido, enfim, inaugurado em Peniche o Museu Nacional Resistência e Liberdade. Inaugurado, com a devida repercussão, larga participação popular, intervenções do Presidente da República e de responsáveis ligados à resistência, ao museu, à cultura. E pelo que sobre ele tenho lido – a começar nas seis páginas da última edição da VISÃO –, acredito tratar-se de um projeto bem elaborado e executado, apto para atingir os seus objetivos.